POLICIA

Auditor da Aneel é detido sob acusação de receber propina.

Segundo o comunicado, o servidor foi detido no momento em que recebia uma mala com R$ 400 mil.

Em 02/12/2014 Referência JCC

O auditor Iuri Conrado Posse Ribeiro, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi preso ontem (1) em flagrante por crime de extorsão contra empresário do setor, segundo nota divulgada hoje pela Polícia Civil de São Paulo. Segundo o comunicado, o servidor foi detido no momento em que recebia uma mala com R$ 400 mil, no shopping na avenida Faria Lima, em Pinheiros, Zona Oeste.

A operação foi montada a partir do pedido de ajuda do empresário a integrantes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). “ A propina era exigida para não atrapalhar os negócios de um empresário do ramo de geração de energia”, diz a nota.

Por meio desse comunicado, o delegado Walter Ferrari, do Garra, informou que a chantagem vinha ocorrendo há dois meses. O servidor era responsável por validar o cumprimento de contratos entre o empresário e o Governo Federal. “A vítima tinha contratos [em que] se comprometia investir em infraestrutura. O cumprimento dessas metas gerava bônus. O auditor afirmava que, se não recebesse a propina, atrapalharia a obtenção desses benefícios”, informou Ferrari.

Antes de efetuar o flagrante, os policiais tiveram acesso às conversas gravadas pela vítima em que o auditor da Aneel fazia exigências e ainda orientava o empresário a práticas para ganhar mais dinheiro. O empresário então procurou os policiais, fingiu concordar com o pagamento da propina e combinou o encontro em um restaurante do shopping.

O servidor veio de Brasília, especialmente, para receber o dinheiro. Ao ser flagrado, ele foi conduzido à 2ª DIG (Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas) onde foi autuado.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que será instaurado processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor e que, para isso, iria solicitar informações sobre o caso no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Por EBC