ECONOMIA NACIONAL

Banco do Brics espera emprestar US$2 bilhões ao Brasil em 2021

Segundo Prates, o banco tem como um dos grandes focos no país a áreas de saneamento.

Em 22/12/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Reprodução/nationalbusinessmirror

Para ganhar mais clientes , penetração e capilaridade, o banco, segundo Prates, deve implementar medidas de modernização como operações em reais e apoio a programas de project finance

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) deve conceder empréstimos de até 2 bilhões de dólares ao Brasil em 2021 para financiar principalmente projetos de infraestrutura, disse à Reuters a diretora do banco do Brics para Brasil e Américas, Cláudia Prates.

Segundo Prates, o banco tem como um dos grandes focos no país a áreas de saneamento, cujo marco regulatório foi aprovado este ano. Outras áreas no radar do NDB são rodovias e iluminação pública.

“A gente espera para o ano que vem um cheque de 1,5 a 2 bilhões de dólares para Brasil com foco em infraestrutura em geral”, disse a diretora, frisando que o NDB vai buscar financiar projetos em pool com outros bancos.

Para ganhar mais clientes , penetração e capilaridade, o banco, segundo Prates, deve implementar medidas de modernização como operações em reais e apoio a programas de project finance, modalidade de estruturação financeira em que o fluxo de caixa da operação financiada é usado para quitar o financiamento.

Outra área de interesse do banco no Brasil é o apoio a projetos de impacto social, como financiamento de escolas e hospitais.

“Vamos trabalhar junto com bancos regionais para distribuir mais o funding do NDB para municípios menores“ , frisou a executiva.

O banco já aumentou sua exposição no Brasil este ano com ações emergenciais de 1 bilhão de dólares para financiar o auxílio emergencial e mais 1 bilhão de dólares para o FGI/Peac, programa de crédito para empresas de pequeno e médio portes.

O NDB também financiou indiretamente projetos municipais e regionais e realizou empréstimos privados que totalizaram 1,5 bilhão de dólares.

“Entre 2015 e 2019, o Brasil tinha 8% da carteira do banco e este ano atingimos quase 20% do portfólio”, disse Prates. Segundo ela, a perspectiva era chegar nesse patamar em dois anos, mas o financiamento às ações de enfrentamento ao baque da pandemia antecipou esse desempenho. (Reuters)