NEGÓCIOS

Bancos Santander e Citi já estão de olho em clientes globais do HSBC no Brasil.

Na semana passada, o Santander Brasil lançou uma campanha de TV para ampliar a bandeira Select,

Em 03/08/2015 Referência JCC

SÃO PAULO - Os clientes de alta renda, um dos filões mais cobiçados do HSBC Brasil, comprado pelo Bradesco, serão alvos de sondagem intensa e imediata de bancos como Santander e Citi, que se dizem os únicos bancos globais no país.

A compra da subsidiária brasileira do HSBC por 5,2 bilhões de dólares, anunciada nesta segunda-feira, levará para o Bradesco 1 milhão de clientes de alta renda. Muitos desses clientes são usuários do serviço de remessa internacional de recursos do HSBC, o Global Transfer.

"O Bradesco deixou a desejar em oferta de produtos globais em relação aos seus maiores concorrentes, ficou para trás. Agora vai ter que ser cuidadoso com esse público", disse à Reuters o presidente da consultoria Austin Rating, Erivelto Rodrigues.

Consultado, o Bradesco informou que o serviço Global Transfer continua e continuará sendo realizado no HSBC. O banco disse ainda que buscará manter, "mesmo após a aquisição efetiva, todos os serviços pelo HSBC atualmente realizados", além de novos serviços e produtos.

De todo modo, nos últimos meses Citi e Santander Brasil já vinham investindo em campanhas e lançamento de produtos para pessoas e empresas que demandam serviços como operações de câmbio e remessas de recursos entre Brasil e exterior, além de opções de investimentos fora do país.

Na semana passada, o Santander Brasil lançou uma campanha de TV para ampliar a bandeira Select, voltada a clientes de alta renda. Agora, a abordagem será direta a atuais correntistas do HSBC, com ênfase em atrativos como os serviços de saque instantâneo em moeda estrangeira em vários países.

"Vamos intensificar nosso trabalho de crescimento orgânico, que vem apresentando resultados muito positivos", afirmou o Santander Brasil em comunicado.

O Citi, que como o HSBC tem sofrido com a falta de escala dos maiores bancos no Brasil, há dois anos tem se concentrado em nichos, como o de alta renda.

Reuters