ESPORTE INTERNACIONAL

Barulho vira problema para a disputa do tiro com arco na Rio-2016.

O evento-teste olímpico do tiro com arco, trouxe à tona mais um problema para o comitê.

Em 21/09/2015 Referência JCC

O evento-teste olímpico do tiro com arco, que terminará nesta terça-feira no Sambódromo, trouxe à tona mais um problema para o comitê organizador da Rio-2016 resolver para o ano que vem: o barulho.

A passarela do samba, que no ano que vem será o local das disputas para os arqueiros, fica localizada bem na região central da Cidade Maravilhosa, próxima a vias importantes, como a Avenida Presidente Vargas. E o ruído vindo do trânsito de automóveis tornou-se um inconveniente em uma modalidade em que a concentração é fundamental, devido à precisão exigida. 

Durante o evento-teste no Sambódromo, as buzinas de carros e caminhões quebraram o silêncio durante as flechadas dos arqueiros, e chamaram a atenção de dirigentes e atletas. 

- (O barulho) É um dos pontos de discussão com o Comitê Organizador. A solução que vamos propor é que, durante o período de competição, não haja tráfego. As buzinas são o maior desafio - disse Tom Dielen, secretário geral da Federação Internacional de Tiro com Arco, em entrevista ao site Brasil 2016, do governo federal. O cartola também apontou que o ruído pode atrapalhar a transmissão televisiva da modalidade.

A sugestão dada por Dielen, no entanto, não deve ser aceita pela Rio-2016. Segundo Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes no Comitê Organizador, interferir no tráfego é a última opção.

- Se não precisar, a gente não mexe, porque mexer com o trânsito é mais complicado do que a gente aumentar uma parede e criar uma barreira acústica. Vamos esperar terminar este evento e vamos ouvir todo mundo. A última coisa que a gente quer é causar um transtorno no trânsito da cidade - falou Guimarães.

Atletas não reclamam do barulho na competição

Apesar do ruído no Sambódromo ter virado motivo de preocupação para os dirigentes, os atletas minimizaram os efeitos das buzinas. Segundo o brasileiro Daniel Xavier, é possível notar o barulho, mas nada que atrapalhe suas flechadas.

- Algumas vezes dá para ouvir uma ou outra buzina, mas é diferente. Arqueiro presta atenção no relógio, sabe a hora. Não está atrapalhando a questão da buzina, não tive problema com isso - disse Xavier.

Opinião semelhante tem o mexicano Juan Rene Serrano, campeão por equipes no Pan de Toronto, neste ano. Segundo ele, os atletas precisarão se acostumar com o barulho.

- No dia das competições, certamente haverá ruído. Talvez não fechem as ruas de trás, então haverá caminhões passando com buzina e tudo, e a gente vai ter que se acostumar com isso, é normal. Teve um dia em que passou um caminhão e a buzina foi forte, mas foi só uma vez - contou Serrano.

Fonte: UOL