ECONOMIA INTERNACIONAL

Bolsas chinesas fecham com fortes perdas, com sentimento negativo na Ásia.

Nos negócios da tarde, porém, o mau humor dominou os mercados chineses.

Em 21/01/2016 Referência JCC

As bolsas chinesas encerraram os negócios desta quinta-feira (21) em forte baixa, revertendo ganhos de mais cedo, em meio ao sentimento negativo que prevalece na Ásia diante de preocupações com o crescimento da economia mundial e a tendência de fraqueza do petróleo.

Na primeira parte da sessão, as ações na China chegaram a operar em território positivo, com os investidores aliviados pela iniciativa do PBoC, como é conhecido o banco central chinês, de fazer agressivas injeções de liquidez no sistema financeiro.

Apenas nas operações de mercado aberto, na terça-feira e hoje, o PBoC fez uma injeção líquida de capital de 315 bilhões de yuans (US$ 48 bilhões) no sistema, a maior desde janeiro de 2012, com o objetivo de prover recursos antes do feriado do ano-novo lunar, que dura uma semana e começa no dia 7 de fevereiro.

Ao longo da semana, o PBoC fez outras injeções de liquidez no sistema bancário, a maior delas no valor de 600 bilhões de yuans.

Nos negócios da tarde, porém, o mau humor dominou os mercados chineses, que voltaram para o vermelho e ampliaram perdas na última hora do pregão.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, terminou o dia com perda de 3,2%, a 2.880,48 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda mais expressiva, de 4%, a 1.800,99 pontos. Corretoras e bancos foram destaque de baixa em Xangai: Citic Securities caiu 4,17%, Bank of China recuou 1,15% e China Construction Bank cedeu 1,18%.

Mais de 2.700 ações se desvalorizaram hoje em Xangai e Shenzhen, sendo que 91 delas atingiram a queda diária máxima permitida de 10%.

Segundo analistas, o fraco desempenho da Bolsa de Hong Kong, que caía em torno de 1,8% pouco antes do fechamento, também contribuiu para o tombo das ações na China continental. Os analistas também avaliam que, embora o PBoC esteja agindo para prover liquidez, as recentes injeções no sistema financeiro praticamente inviabilizam a possibilidade de um novo corte nos compulsórios bancários antes do feriado do ano-novo lunar.

Além disso, os investidores continuam preocupados com novas ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações, cujo lançamento foi autorizado esta semana pelo regulador de valores mobiliários da China.

Dow Jones Newswires.