ECONOMIA INTERNACIONAL

Bolsas chinesas fecham em alta após promessa de apoio aos mercados.

O presidente da CRSC, na sigla em inglês), Liu Shiyu, prometeu que Pequim vai continuar apoiando os mercados.

Em 14/03/2016 Referência JCC

As bolsas chinesas fecharam em alta nesta segunda-feira (14), reagindo a comentários do novo chefe do órgão regulador de ações na China e sustentadas também pelo bom desempenho de papéis do setor imobiliário.

O Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, subiu 1,8%, a 2.859,50 pontos, em seu segundo avanço consecutivo, enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, teve alta ainda mais expressiva, de 3,6%, a 1.745,29 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões em baixa.

No fim de semana, o recém-nomeado presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CRSC, na sigla em inglês), Liu Shiyu, prometeu que Pequim vai continuar apoiando os mercados por meio de compras de ações, sempre que necessário. A CRSC é equivalente à CVM no Brasil.

No período de turbulência que teve início em meados do ano passado, fundos chineses ligados ao governo adquiriram enormes volumes de ações. Desde então, Pequim não tem sido muito transparente em relação a sua estratégia. Analistas dizem que o governo vem intervindo para sustentar algumas ações este ano, principal blue chips, mas é possível que já tenha também começado a reduzir sua posição geral, segundo dados da Wind Info referentes ao quarto trimestre de 2015.

Os negócios na China hoje também foram impulsionados por ações de imobiliárias, que reagiram a dados melhores que o esperado sobre investimentos em ativos fixos urbanos. Esses investimentos avançaram 10,2% na comparação anual do primeiro bimestre, graças ao setor imobiliário.

Também no bimestre, a produção industrial e as vendas no varejo da China cresceram menos do que previam os analistas, com ganhos anuais de 5,4% e 10,2% respectivamente, contribuindo para a avaliação de que Pequim deve manter a trajetória de estímulos monetários e fiscais para acelerar o crescimento econômico.

O apetite por risco na China nesta segunda foi favorecido ainda pela decisão do Banco Central Europeu (BCE), na semana passada, de ampliar sua política de relaxamento monetário, numa tentativa de reavivar a economia da zona do euro.

Dow Jones Newswires