ECONOMIA INTERNACIONAL

Bovespa fecha em queda, mas acumula alta na semana.

Ibovespa caiu 0,90%, a 53.749 pontos; na semana, índice ganhou 0,75%.

Em 20/06/2015 Referência JCC

A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira (19), em meio a dados econômicos domésticos negativos e perdas nas bolsas dos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 0,90%, a 53.749 pontos. Veja cotação.

Na semana, porém, a bola acumulou alta de 0,75%.

A prisão pela Polícia Federal dos presidentes da Odebrecht, maior grupo de construção e engenharia da América Latina, e da Andrade Gutierrez, segunda maior construtura do país, em nova etapa da operação Lava Jato, também contribuiu para o recuo do Ibovespa, destaca a Reuters.

A Braskem liderou as perdas do dia, com queda de mais de mais de 10%, afetada pelo envolvimento da Odebrecht, sua maior acionista, na nova fase Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

Em comunicado, a Braskem informou que está sendo cumprido mandado de busca e apreensão de documentos na empresa que possam ter relação com a operação Lava Jato e que está "à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações".

As ações da Petrobras fecharam com perdas perto de 2%, diante da expectativa de potenciais efeitos da nova fase da operação Lava Jato. O movimento das ações acompanhou o declínio nos preços do petróleo no mercado internacional.

Itaú Unibanco e Bradesco devolveram parte do avanço da véspera e recuaram 1,12% e 1,95%, respectivamente, pressionando o índice dada a relevante fatia de detêm na composição do mesmo. Já os papéis da Vale recuaram menos de 1%.

Na outra ponta, Oi e Cyrela foram os destaques de alta, com valorização de mais de 3%.

Cenário econômico
A economia brasileira começou o segundo trimestre com contração pior do que o esperado, conforme apontou o índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador caiu 0,84% em abril sobre março, segundo dados dessazonalizados - bem pior do que a mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,40%.

A prévia da inflação oficial brasileira, por sua vez, acelerou ainda mais em junho, para 0,99%, acima do esperado e a maior taxa para esses meses em quase duas décadas, pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 subiu 8,80% - a maior alta desde dezembro de 2003, de acordo com o IBGE.

Já o emprego com carteira assinada teve o pior resultado para maio desde em 2 anos. No mês passado, foram fechados 115.599 postos de trabalho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também é a primeira vez que há corte de vagas em um quinto mês do ano.

"Tanto o IBC-Br quanto o Caged (trabalho) mostraram que a atividade econômica está passando por rápido encolhimento. A pergunta fundamental é quando esse processo reverterá. Minha percepção é que ainda teremos alguns trimestres ruins pela frente.", disse o economista Samuel Kinoshita, sócio na MVP Capital Gestão de Recursos.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda nesta sexta-feira, em sessão com vencimento de opções e agentes financeiros cautelosos antes de uma cúpula na próxima semana para decidir o destino da Grécia.

Fonte:G1