SAÚDE

Brasil está entre os países em que muito se consome antidepressivos

Para minimizar o consumo dessas drogas, o SUS já implantou o programa PNPIC.

Em 20/09/2018 Referência JCC / Mayra Barreto

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Para tentar minimizar o consumo dessas drogas, o SUS (Sistema Único de Saúde) já implantou o programa PNPIC: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares já que segundo um levantamento estatístico feito pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD) o consumo de medicações, como os ansiolíticos, inicia-se já na infância. Entre as idades de 10 e 13 anos, cerca de 6% já aderem às medicações controladas. Nos adultos, a faixa etária dos idosos, maiores de 60 anos, o consumo é ainda maior.

Para o farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista, os casos mais vistos no seu consultório são pessoas que, pela pressa de resolver tudo rapidamente, acabaram aderindo às medicações controladas e depois buscam a homeopatia para fazer esse “desmame”quando se percebem dependentes desses medicamentos.  “O uso de diferentes substâncias medicamentosas acaba sendo atrativo e fácil.

Mas, é importante alertar que ao tratar esse tipo de transtorno, como a ansiedade, a questão sempre é tentar descobrir de onde e porque ela vem. Se não encontrar o início do problema não há como tratar apenas o final, para se tratar a ansiedade deve-se achar o início da fonte, medicação não trata o problema exterior que ocasiona a ansiedade e existem formas mais naturais e menos agressivas do que já partir para o uso de um controlado ”, explica o especialista.

Jamar conta que a ansiedade não é um sintoma único e possui diversas características diferentes que podem ir de uma depressão até a um transtorno mais sério, como o pânico. Para o farmacêutico homeopata é possível conviver e aprender a lidar com a ansiedade com a ajuda de medicações naturais.

“No repertório de sintomas homeopáticos temos várias formas em que a ansiedade se manifesta e uma infinidade de variações e cada uma com seu medicamento. Por isso é preciso saber quando a ansiedade aparece (antes de algum fato isolado como antes de uma viagem ou antes de uma prova) e o que a pessoa sente (não consegue dormir, ou esquece tudo na hora da prova, come demais, come de menos, tem dor de barriga, etc...)”, exemplifica Tejard.

Existem milhares de tipos de medicamentos homeopáticos no mercado e cada um deles tem sua experimentação, descrição de suas características e seus sintomas mentais. Por isso que a homeopatia é baseada em quatro pilares:

1) Experimentação - Todo remédio homeopático é obtido após experimentação ou intoxicação. E isso não pode ser feito de maneira aleatória, já que dentro da homeopatia cada indivíduo é único.

2) Lei da Semelhança – Buscar após a experimentação o remédio mais semelhante para uma determinada doença;

3) Remédio único - É preciso vascular desde o  topo até a profundidade de cada paciente para conseguir então alcançar onde está o começo do problema/doença;

4) Doses mínimas – É essencial considerar que um paciente já está "fragilizado" pela doença e portanto, deve ser medicado com muito cuidado. Este é o motivo de doses serem pequenas e mínimas.

“O medicamento homeopático tende a trazer ao paciente o resgate de seu equilíbrio o que chamamos de homeostase. A repetição da medicação adequada dá ao paciente "ansioso" fôlego para que ele resolva suas questões de desequilíbrio, até que ele consiga cessar o uso. Além disso, a homeopatia precisa  associar-se a uma mudança de postura e de atitude para que a melhora seja rápida, livrando o indivíduo de medicações que possam causar dependência a longo prazo”, finaliza Jamar Tejada.