Caminhada em Vitória (ES) conscientiza população sobre o câncer de mama.

Um grupo vestido de rosa tomou conta do Centro de Vitória neste domingo (16) em prol da prevenção ao câncer de mama. Debaixo de sol forte, mais de 150 pessoas, entre homens e mulheres de todas as idades, participaram da quarta edição do “Roseando Vitória”, movimento que lembra a importância do diagnóstico precoce para a cura da doença.

A doença, uma das mais incidentes entre as mulheres, matou mais de 250 por ano, no Espírito Santo, nos último cinco anos.

A organizadora do evento, Simonne Capeletti, 50 anos, chama a atenção para que as mulheres façam o autoexame das mamas e procurem o médico periodicamente para o diagnóstico precoce, o que aumenta em 95% as chances de recuperação.

Nesta edição, em homenagem às amigas que estão em tratamento, Simonne raspou a cabeça, numa tentativa de demonstrar que a vida é mais importante que uma fase difícil.

“O que é o cabelo diante de tanto sofrimento e tanta luta? O cabelo cresce e a gente vai vivendo. Todos falam: 'o cabelo é a moldura do corpo, do rosto', por isso as mulheres têm aquele choque à princípio, mas depois a dor acaba sendo amenizada”, contou.

Entre as mulheres que participaram no “Roseando Vitória” estava Tereza Souza, 59, que foi diagnosticada com câncer em 2015, e há dois dias terminou o tratamento, que durou quase um ano. Esta caminhada foi para ela um momento de agradecer pela vida e conscientizar.

“Se tiver que fazer o tratamento, faça! É preciso enfrentar para depois viver bem com o resto do mundo”, alertou.

Anselma Segler, 59, que sempre fez consultas de rotina, também venceu um câncer há 3 anos. Depois de identificar um nódulo, o médico da aposentada iniciou o tratamento e em menos de dois meses ela estava curada.

“Sempre fiz mamografia uma vez por ano, quando o médico viu tive que retirar a mama toda, mas não fiz tratamento nenhum. Agora, já fiz a reconstituição e está tudo bem”, afirmou.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. Um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. O INCA estima que em 2016, pelo menos 1.010 novos casos sejam diagnosticados no Espírito Santo, sendo 140 somente na Capital.

Fonte: g1-ES