CIDADANIA

Centro de assistência resgata pessoas das ruas de Fortaleza.

Profissionais procuram conhecer as histórias, as fragilidades e os sonhos de cada um.

Em 14/08/2015 Referência JCC

Álcool e drogas. Violência doméstica. São diversos os motivos que levam homens, mulheres e famílias a perderem suas casas e adotar as ruas como um lar.

Os Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua, Centros Pop, proporcionam dignidade e esperança para esta parcela da população, que enfrenta uma luta diária contra a fome, o frio, o calor e as chuvas.

Nos Centros Pop, os moradores de rua de Fortaleza, no Ceará, podem fazer a higiene pessoal diariamente, lavar suas roupas, guardar seus pertences em armários individualizados, fazer refeições e participar de oficinas e grupos temáticos. 

A unidade do Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um espaço de sociabilização diferenciado, onde são acolhidas as mais variadas histórias de vida e que permite às pessoas traçarem caminhos para a superação.

“Fui parar na rua porque não aguentava os maus-tratos do meu ex-marido. Estava cansada de apanhar e essa foi minha opção porque não tinha nenhum parente para me ajudar”, conta a cearense Maria da Penha Silveira, que morou na rua por 10 anos.

“Eles encontram nesse ambiente o fortalecimento para que consigam sair das ruas – seja uma saída para uma república, para um aluguel ou trabalho. E o local ainda oferece oportunidades de participação”, explica Jadir de Assis, coordenador-geral de Serviços Especializados à Família e Indivíduos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Amparo social e suporte psicológico

Profissionais procuram conhecer as histórias, as fragilidades e os sonhos de cada um que chega ao Centro Pop.

Em Fortaleza, as pessoas acolhidas se sentem participativas e respeitadas nos seus limites e desejos. A programação das atividades é construída conjuntamente. E a arte é um dos canais de expressão. Pinturas em tela preenchem as paredes do Centro Pop, todas produzidas durante as oficinas.

Atividades de artesanato, música, rodas de capoeira, grupos temáticos para mulheres também ocupam o tempo daqueles que frequentam o lugar diariamente.

“Levamos as atividades para alguns centros comerciais, praças importantes, mostrando o que a população de rua é capaz de produzir. Com isso tentamos sensibilizar a sociedade, comprovando que a população de rua é produtiva, busca seu espaço e seu direito”, conta o coordenador do Centro Pop, Elias Figueiredo.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome.