CIDADE

Chuva deixa 43 famílias desalojadas no ES, diz Defesa Civil Estadual.

Municípios mais afetados são Cachoeiro, Viana e Fundão.

Em 14/11/2016 Referência JCC

De acordo com a Defesa Civil Estadual do Espírito Santo, 43 famílias estão desalojadas após a chuva que atingiu o Sul do Espírito Santo neste fim de semana. Só em Cachoeiro de Itapemirim, o número de famílias que precisaram deixar as casas é de 36. Os dados foram divulgados pelo órgão na manhã desta segunda-feira (14).

Segundo a Defesa Civil, as cidades de Fundão, Viana e Cachoeiro de Itapemirim são as mais atingidas, com pontos de alagamento e ruas inacessíveis.  Nenhum município, até o momento, decretou situação de emergência.

Municípios
Em Fundão, o nível do rio Fundão subiu, alcançando 3,95 metros de altura às 2h da madrugada. Os bairros de Orly Ramos, Beira Linha, Morro do Caneco, Campestre l e Campestre ll estão sem acesso devido a cheia do rio.

Cinco famílias estão desalojadas devido a alagamentos nos bairros Orly Ramos, Agrim Correia e Oseias. Uma árvore caiu na rodovia ES-261, obstruindo parcialmente e temporariamente a rodovia, pois já foi retirada.

Em Viana, um deslizamento de um talude atingiu uma casa e interditou outra no bairro Vila Nova, com duas famílias desalojadas. Um estabelecimento comercial também foi interditado. No bairro Nova Betânia, 13 pessoas estão desabrigadas devido a alagamentos.

Em Cachoeiro de Itapemirim, no último sábado (12) houve registro de alagamentos pela cidade e três desabamentos sem vítimas, afetando 36 famílias, que precisaram ser desalojadas.

Alerta
Devido aos significativos acumulado de chuva, o Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (CENAD), pertencente à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC/MI) enviou alertas reportando risco moderado  de movimento de massa nos municípios de Viana, Cariacica, Fundão, Santa Leopoldina, Aracruz, Governador Lindemberg, Colatina, Vitória, Vila Velha, Marilândia, João Neiva, Ibiraçu, Serra, Rio Bananal e Rio Novo do Sul.

Equipes das Defesas Civis Municipais estão avaliando a extensão dos danos e dando o suporte a população.

Acumulado de chuva
Segundo os pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), os municípios com maiores acumulados nas últimas 24 horas são: Fundão (101mm), Aracruz (99mm), Colatina (97mm), Governador Lindenberg (88mm), Santa Leopoldina (82mm), Laranja da Terra (74mm) e Linhares (70mm).

No sábado (12), em apenas 30 minutos choveu em Cachoeiro de Itapemirim 55 milímetros, o que estava previsto para todo o dia. Ao todo, mais de 40 famílias solicitaram vistoria em suas residências.

A prefeitura disponibilizou neste domingo (13) de manhã serviços de limpeza e coleta de entulhos nessas áreas. Também foi feita uma triagem para identificar eventuais danos em residências.

A entrega de cestas básicas já começou e a Defesa Civil está de plantão nesta segunda (14) e  terça-feira (15), bem como os servidores das secretarias de Obras, Serviços Urbanos, Interior, Agricultura e Desenvolvimento Social.

Orientações
Em casos de chuvas fortes o mais importante é proteger a sua vida e de seus familiares. Encaminhe-se imediatamente para um lugar seguro;

Fique atento a movimentações de terra. Trincas no chão, inclinação de cercas, postes e árvores podem indicar o início de um deslizamento. Abandone imediatamente sua casa e procure um local seguro;

Se houver muita infiltração na casa e acontecer rachaduras nas paredes ou escutar algum barulho estranho, abandone sua residência;

Tenha sempre em mãos os telefones da Defesa Civil de seu município;

Em caso de emergências, ligue para o Corpo de Bombeiros. O telefone é o 193;

Evite as áreas alagadas. Terrenos acidentados, buracos e bueiros abertos, assim como fiação elétrica exposta, podem causar acidentes graves;

Ao término da enchente, busque orientação da Defesa Civil sobre o retorno para sua residência. É necessário limpar os locais atingidos por água e lama;

Se a sua residência foi destruída durante a enchente, não retorne a construir no mesmo lugar, porque cedo ou tarde ocorrerá um novo desastre.

Fonte: g1-ES