ECONOMIA CAPIXABA

Cidades capixabas arrecadaram mais IPTU em 2017

Crescimento na arrecadação do município de Serra influenciou o total recolhido.

Em 04/09/2018 Referência JCC / Graziele

Divulgaçao

A arrecadação do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) – tributo cobrado pelas cidades sobre os imóveis em zona ou extensão urbana – dos 78 municípios capixabas somou R$ 289,3 milhões em 2017: um aumento de 4,7% quando comparada com o ano anterior.

Os dados são do anuário Finanças dos Municípios Capixabas, da Aequus Consultoria, e apontam a Serra como destaque no recolhimento de IPTU no ano passado. O município registrou alta de 22,8% e sua arrecadação passou de R$ 39,5 milhões em 2016 para R$ 48,5 milhões em 2017, um salto de R$ 9 milhões.

“O excelente desempenho do município da Serra teve forte influência nesse resultado do conjunto das cidades capixabas. Isso foi possível graças ao trabalho interno de atualização cadastral, desenvolvido pela administração fazendária e iniciado em 2015”, ressalta a economista e editora do anuário, Tânia Villela.

Entre os municípios com mais de R$ 10 milhões arrecadados por ano, Cachoeiro de Itapemirim também apresentou um bom desempenho e registrou alta de 6% em 2017: foram R$ 866,7 mil adicionados à receita municipal com a arrecadação de IPTU. Cariacica e Vila Velha tiveram aumentos mais moderados, de 3,7% e 3% respectivamente. Já a capital Vitória praticamente reproduziu em 2017 o recolhimento do ano anterior, com ligeiro acréscimo de 1,6%.

Ainda na Grande Vitória, Guarapari vem registrando baixas na arrecadação por dois anos consecutivos e retornou aos níveis de 2011 no ano passado, com recolhimento de R$ 21,1 milhões. Após a retração de 5,1% em 2016, o município registrou queda de 17% em 2017, acumulando um recuo de 21,3% no biênio.

No conjunto, 73,5% dos municípios capixabas registraram aumento na arrecadação de IPTU entre 2016 e 2017. A economista explica que a participação do imposto no orçamento das cidade, apesar de baixa, tende a aumentar em períodos de crise. “Diante da queda acentuada de outras receitas que são mais sensíveis às variações na economia, o IPTU, por ser um imposto sobre patrimônio, fica mais protegido durante as crises, sofrendo variação muito menor que os tributos que incidem sobre consumo, renda, serviços ou produção. Por isso, é importante que as prefeituras mantenham seus cadastros e suas plantas de valores atualizados”, finaliza.