OPINIÃO

Cinco dicas para quem quer falar (e arrasar) em público

Daí vem o frio na barriga e a dúvida: o que falar? E pior: como falar?

Em 14/08/2018 Referência JCC, Raquel Brandim/BB

Foto: LinkedIn/Divulgação

Você foi convidado a apresentar uma minipalestra para a um público bem específico. O convite é claro: fazer um relato inspirador, de 15 minutos, baseado em sua experiência de vida. Daí vem o frio na barriga e a dúvida: o que falar? E pior: como falar?

Esses são desafios que fazem parte do cotidiano da “Preparadora de Palestrantes”, Raquel Brandim. Funcionária de carreira do Banco do Brasil, com mais de 20 anos de experiência com eventos e como educadora de apresentadores, a Relações Públicas tem sido uma das responsáveis por preparar os palestrantes do Banco e alguns convidados do Inspira BB: uma série de eventos que trazem reflexões e até provocações pertinentes ao momento e à sociedade brasileira.

Nesse artigo exclusivo, Raquel dá dicas de como uma pessoa deve se preparar para falar em público pela primeira vez ou até a melhorar sua performance ao subir no palco.

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“Na hora de definir o que você vai falar, tenha em mente que toda história pode ser contada em 1 minuto ou em 2 horas. Tudo depende das escolhas que você vai fazer. Então, na hora de fazer esse recorte da realidade, procure saber:

  1. Quem é o seu público: tente saber o máximo que puder sobre as pessoas que assistirão à sua apresentação. Quais são os interesses desse público e como sua fala pode responder aos questionamentos e curiosidades dele?
  2. Qual é o seu objetivo com a fala: qual é a ideia principal que você quer que as pessoas levem da sua palestra? Lembre-se de escolher apenas frases e exemplos que contribuam com esse objetivo. Muitas vezes ficamos tentados a compartilhar uma anedota ou exemplo que achamos interessante, mas, acredite: eles servirão apenas para causar dispersão e vão enfraquecer seu discurso.
  3. Quanto tempo você tem para falar: quando for selecionar o que dizer, faça um brainstorming com todas as ideias. Depois, selecione as que são mais importantes para o atingimento do seu objetivo. Deixe sempre uns 2 minutos de folga para algum improviso que achar necessário.
  4. Como estruturar a ordem do conteúdo: Em primeiro lugar, estabeleça uma hierarquia das ideias. Divida-as em principais e secundárias. As ideias principais precisam, necessariamente, ser abordadas, enquanto as secundárias são aquelas que podem ou não dar suporte às principais. São exemplos, histórias, que tornam a fala mais interessante, mas que se forem deixadas de fora não comprometem o conteúdo como um todo.
  5. Como serão sua introdução e sua conclusão: Na introdução, a ideia principal é sedução. Seja criativo: conte uma história, use de humor, se for possível, faça uma pergunta retórica, use um dado intrigante. A ideia é se conectar com o seu público nos primeiros 7 segundos e fazê-lo navegar com você durante sua fala. Já na conclusão, a ideia principal é mobilização. Tente deixar seu público com uma frase ou questionamento final que resumam toda a sua fala e que ao mesmo tempo faça-os enxergar ou agir de forma diferente depois de ouvir sua palestra.

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Muitas outras dicas podem ajudar na hora de construir uma palestra, afinal esse é um produto extremamente pessoal e sempre está inacabado. O que importa é que você esteja satisfeito com suas decisões para a escolha do que será falado. Por isso, edite seu texto incansavelmente. Ele sempre pode ser mais enxuto, objetivo e preciso. Desapegue-se da primeira versão. Aliás, desapegue-se da décima versão. Você verá que ele sempre poderá ficar melhor.

Na dúvida, apresente-o a alguém de sua confiança. Confirme se o que você está dizendo está claro e se a pessoa se sentiu realmente mobilizada pela sua palestra. Se for o caso, explore a percepção desse interlocutor para rever seu conteúdo e torná-lo mais eficiente. Uma segunda ou até terceira opiniões ajudam muito.

No final de tudo, o mais importante mesmo é: SEJA VOCÊ. Autenticidade vale mais do que qualquer técnica de boa oratória. Ninguém é 100% perfeito no palco, mas também ninguém pode contar a história de vida que é (só) sua. E o valor dessa história é imensurável!”

Sobre a autora

Raquel Brandim, é relações-públicas e funcionária de carreira do Banco do Brasil e é uma das responsáveis por preparar os palestrantes do Inspira BB