CIDADE

Com cheiro forte, água das casas de Colatina, ES, é testada por Fundação.

Fundação Nacional de Saúde está verificando a qualidade da água.

Em 02/12/2015 Referência JCC

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está fazendo testes nas casas de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, para verificar a qualidade da água que chega à população. O abastecimento da cidade foi normalizado há uma semana, mas os moradores ainda estão desconfiados se o líquido está contaminado ou não.

A captação no Rio Doce e o abastecimento de água em Colatina foram retomados na noite do dia 24 de novembro. Segundo a prefeitura, os novos resultados de análise realizada por engenheiros do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) e pelo laboratório Tommasi estavam dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde para distribuição.

No entanto, devido às características apresentadas pela água que chega às casas, os moradores estão evitando consumí-la. “Está com cheiro muito forte. Para fazer comida e beber, só água mineral. Eu só estou usando a água [que chega às casas] para limpeza”, disse a costureira Leni Vargas.

Para tranquilizar a população, a Funasa tem feitos testes diários nas residências em 45 pontos espalhados em todos os bairros de Colatina.

Primeiro, o técnico analisa a água que vem direto da rua. São colhidas amostras para dois testes diferentes: o microbiológico, que diz se a água está contaminada ou não; e depois o físico químico, que indica a cor, o pH, e a presença de cloro na água.

O primeiro é feito em um laboratório móvel. Os resultados só ficam prontos dentro de 18 horas. Já o resultado do segundo teste fica pronto na mesma hora. Se o líquido apresentar coloração rosada, significa que há boa concentração de cloro.

“É uma indicação de que a água está com seu controle de qualidade excelente, própria para consumo humano”, explicou o técnico químico da Funasa, Carlos Locatelli.

Depois, o teste é feito com a água que sai da torneira. Neste caso, o resultado também apontou a presença de cloro, mas em menor concentração.

“Essa água chegou, passou pela tubulação toda, já esta na caixa d’água e fez toda a desinfecção da tubulação. O cloro está mais diluído, devido ao ambiente que ele correu. É seguro o consumo, desde que a pessoa tenha a garantia de que a caixa d’água está coberta. O cheiro é típico do cloro”, garantiu. 

Tais testes são importantes para orientar o trabalho desenvolvido nas estações de tratamento. “Caso dê positivo em microbiologia, a minha função é comunicar à estação de tratamento de água o local onde foi feita a coleta para que eles tracem uma estratégia para resolver o problema”, disse Locatelli.

Fonte: G1-ES