CIDADANIA

Com vagas limitadas, uso de contêineres na Cracolândia agora depende de triagem.

Procura por estrutura aumentou e interessados precisam procurar assistentes sociais na Rua Helvetia.

Em 16/06/2017 Referência JCC / G1 SP

Uma semana após início do funcionamento, a Prefeitura de São Paulo readequou o atendimento nos contêineres montados, próximos à Praça Princesa Isabel, no Centro da Capital. Desde quinta-feira (15), os interessados no acolhimento devem passar por uma seleção com assistentes sociais.

Antes, as pessoas iam à Unidade Emergencial de Saúde pegavam uma senha e eram atendidas. Agora, devem se dirigir ao posto montado na Rua Helvetia, procurar assistentes sociais e conseguir uma guia de encaminhamento para os contêineres.

Segundo o secretário de Assistência Social, Filipe Sabará, a mudança aconteceu, porque a procura por atendimento mais do que triplicou chegando a mais de mil atendimentos por dia. A unidade foi instalada para atender os dependentes químicos da Praça Princesa Isabel, mas pessoas em situação de rua ou com moradia, mas sem alimentação, procuravam o local.

Com a readequação, os assistentes sociais ficam responsáveis por encaminhar cada pessoa para o centro que acharem correto. A Prefeitura disse que o cadastramento das pessoas que querem usar os contêineres serve para ajudar a identificar o “público-alvo” e que não vai deixar de atender quem pedir ajuda.

Contêineres

O serviço montado em um terreno da Guarda Civil Metropolitana, na região da Luz, teve início de funcionamento às 19h de quinta-feira (8). Os contêineres foram emprestados pelo menos até o fim do ano por uma rede de laboratório farmacêuticos.

O prefeito João Doria visitou o local na quinta-feira (8) e garantiu que as abordagens dos agentes da Prefeitura para convencer os usuários a procurar os contêineres serão feitas "de forma individual, com respeito". A administração municipal promete oferecer transporte em peruas para facilitar o deslocamento dos dependentes químicos.

Segundo o secretário de Assistência Social, Filipe Sabará, o local será uma "porta de entrada para aqueles que querem mudar de vida e sair da dependência quimica". De lá, os usuários que aceitarem tratamento serão encaminhados para outros serviços da Prefeitura, como comunidades terapêuticas, internação ou centros de acolhimento.

O espaço tem disposição de 100 leitos para pernoite. Cerca de 20 pessoas, que não conseguiram camas, pegaram cobertores e ficaram na sede da Unidade Emergencial de Saúde, que funciona 24 horas.

(Foto: Livia Machado/G1)