ECONOMIA CAPIXABA

Comércio da Grande Vitória (ES) deixou de faturar com paralisação dos rodoviários

Falta de funcionários e consumidores nas ruas, gerou perdas para o comércio.

Em 10/02/2015 Referência JCC

A greve dos rodoviários da Grande Vitória que começou à 0h desta segunda-feira e que permanece nesta terça, preocupa o comércio, que já amarga prejuízos com as vendas fracas em 2014. A estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) de perda de faturamento está em torno de R$2 a R$2,5 milhões para esta segunda-feira (09).
A falta de funcionários é um dos principais fatores que gera danos para o comércio, segundo Waldês Calvi, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Espírito Santo. “Perdas sérias, como é o caso do setor de alimentos que fica prejudicado nos processos de arrumação e fabricação na loja, sem os serviços de abastecimento, reposição de mercadorias, preparação da padaria e do açougue”, destaca.
Além disso, o empresário do comércio lida com o custo gerado com o transporte de funcionários para os lojistas que abrem as lojas, como revela José Antônio Pupim, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Cariacica. “A logística é prejudicada, pois temos que disponibilizar transporte para o funcionário, o que acarreta em custo. E ainda tem um problema maior: o consumidor que não consegue ir às compras, gerando prejuízos para toda a cadeia”, disse.
O presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, enfatiza que não se trata de prejuízo, mas sim de perda de faturamento. “Isso ocorre, principalmente, por que os consumidores deixam de ir às ruas em função da falta de transporte público, hoje responsável por locomover mais de 80% dos trabalhadores do comércio, e quando vão é para a compra de produtos de necessidade, como alimentos”, diz.
Convenção
Caso o funcionário não consiga chegar ao local de trabalho por causa do transporte, o patrão tem de abonar a falta, pois a ausência do funcionário aconteceu “por motivo de força maior”, como consta em convenção coletiva.
Fonte: Fecomércio ES