ECONOMIA CAPIXABA

Construção dos Silos de Viana (ES) pode estar ameaçada pela crise.

Parte da área já está escriturada e a outra parte está em fase final de pagamento e posterior escrituração.

Em 30/04/2015 Referência JCC

Em meio à crise hídrica e econômica, endividamento e confiança abalada, o agronegócio torce pela construção imediata dos silos de Viana, que têm capacidade de armazenagem de 100 mil toneladas de grãos. Eles vêm para suprir uma deficiência antiga do Estado: evoluir a produção agropecuária, principalmente a avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite, aperfeiçoar os sistemas de estocagem e logística de distribuição tanto para os nossos agropecuaristas quanto para os de fora, por sua localização estratégica e boa estrutura portuária.

Receosos que a crise atual afete a construção dos silos, uma comissão formada por representantes de diversos setores produtivos, liderada pela Faes, se reuniu com a ministra Kátia Abreu para solicitar empenho do Ministério da Agricultura (Mapa) nas negociações.

“Parte da área já está escriturada e a outra parte está em fase final de pagamento e posterior escrituração. O Governo do Estado já possui emissão de posse, o que permite o início imediato das obras a serem realizados pela CONAB. Mas pode atrasar devido aos cortes abruptos nos investimentos por parte dos governos federal e estadual” afirma Júlio Rocha, presidente da Faes.

Diante disso, o setor argumenta junto ao Mapa que os recursos não sofram contingenciamento, tendo em vista o prejuízo aos milhares de produtores rurais capixabas que necessitam desta ação para que continuem competindo no mercado de carnes, ovos e leite. Um ofício relatando a preocupação dos produtores capixabas foi encaminhado à Ministra Kátia Abreu, que agendou uma reunião para o final de abril.

Demanda suprida por custo menor

O consumo de milho no Espírito Santo é estimado em 750 mil toneladas por ano, o que o torna um grande consumidor de grãos, no entanto, a produção em terras capixabas é 10% menor que essa demanda, suprida atualmente pelo Centro Oeste brasileiro, por meio de transporte rodoviário.

Com os silos, carretas e bi trens serão deixados de lado e o transporte de soja e milho será feito por trens/ferrovias. Os impactos são positivos em diversas áreas do agronegócio capixaba. O transporte em vagões gera uma redução de carca de 20 mil carretas por ano nas estradas, além da redução de 20 toneladas de monóxido de carbono na atmosfera. Estima-se que o setor economize até R$ 8 milhões em frete dos insumos.

Fonte: Iá! Comunicação