POLICIA

CPI dos Guinchos pede prisão preventiva do ex-diretor do Detran.

A investigação foi instalada no dia 26 de abril com o objetivo de apurar uma suposta máfia.

Em 22/09/2015 Referência JCC

A CPI dos Guinchos pediu a prisão preventiva do ex-diretor do Detran do Espírito Santo, Carlos Lopes, nesta segunda-feira (21) Segundo os deputados, ele teria omitido informações durante o depoimeto. Lopes diz que pedido de prisão é armação política.

A investigação foi instalada no dia 26 de abril com o objetivo de apurar uma suposta máfia por trás dos serviços de guincho entre autoridades de trânsito, empresas rebocadoras de veículos e os donos de pátios a serviço do Detran estadual.

Lopes disse em depoimento na última segunda-feira (14) que, durante a gestão dele, em 2013 e 2014, não soube de máfia envolvendo donos de pátios de veículos. Para os deputados, que se reuniram nesta segunda-feira (21), para dar continuidade aos trabalhos da CPI, Lopes não estaria colaborando com o andamento dos trabalhos da CPI.

O colegiado ainda entende que houve omissão de informações sobre aluguel de pátio no valor de R$ 178 mil no município de Serra, durante sua gestão. Para os deputados, o valor é muito alto. Este contrato também é investigado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Lopes disse que recebeu a notícia com surpresa porque não prestou nenhuma informação equivocada a CPI. Ele ainda afirma que o pedido de prisão é uma armação política.

A Procuradoria da Assembleia Legislativa (Ales) vai analisar a necessidade da expedição de um mandato de prisão preventiva do ex-diretor.

Durante a reunião também foi aprovado pedido à Procuradoria da Casa para entrar com mandado de segurança que garanta a quebra de sigilo de empresas prestadoras de serviços ao Detran-ES.

A CPI ainda pretende ouvir todos os membros do Conselho Administrativo do Detran que, segundo um documento recebido pelos parlamentares, assinaram a autorização para aluguel do pátio a R$ 178 mil mensais.

Credenciamento
Durante a reunião desta segunda a CPI também ouviu outro ex-diretor do Detran-ES, João Felício Scardua. Ele foi questionado sobre supostas irregularidades no sistema de credenciamento e alugéis de pátios.

Scardua, que fo diretor no ano de 2011, declarou que viajou pelo Estado inteiro para conhecer e rever todo o conjunto de credenciamento e que criou o "Pátio Legal", que institui pátios específicos para os carros que não retornariam às ruas, como veículos roubados, abandonados e recolhidos.

Ele também foi questionado sobre o motivo de não ter trabalho para que os contratos fossem realizados por meio de licitações e respondeu que em sua época de sua gestão o credenciamento era legal.

Suspensão de contratos
Nesta segunda-feira (21), o Detran-ES também suspendeu o contrato com oito pátios, responsáveis por guardar os carros guinchados. Destes, sete pátios são de prefeituras e um da Polícia Rodoviária Federal.

O órgão de trânsito informou a lei prevê que os pátios sejam mantidos pelas prefeituras e pela polícia, e não pelo governo do estado.

G!es