ECONOMIA NACIONAL

Crédito da casa própria cai 54,6% no primeiro trimestre, diz Abecip.

Em março, houve recuperação pontual de 37,8% ante fevereiro.

Em 30/04/2016 Referência JCC

O crédito imobiliário com recursos da poupaça recuou 54,6% no primeiro trimestre de 2016 em comparação ao mesmo período do ano passado, para R$ 10,6 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgado nesta sexta-feira (29).

A entidade projetava para o ano de 2016 uma queda da ordem de 20% do volume de financiamentos.

Em março, o crédito para a casa própria teve uma recuperação pontual, com o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somando R$ 4,42 bilhões. Para a Abecip, "embora não signifique retomada de negócios nos patamares de 2014 e início de 2015, a recuperação reflete alguma melhora na demanda e oferta de crédito".

O volume emprestado no mês superou em 37,8% o de fevereiro, mas recuou 48% em relação a março do ano passado. No acumulado de 12 meses até março, foram destinados R$ 62,4 bilhões para a aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), caindo 44,1%.

Menos unidades
Em março, 19,6 mil imóveis foram financiados nas modalidades de aquisição e construção. Esse resultado se mostra mais robusto em relação a janeiro e fevereiro, com expansão mensal de 33,6% em relação ao mês anterior. Mas em termos anuais houve queda de 46,9%.

Nos três primeiros meses de 2016, foram financiados 47,8 mil imóveis, recuo de 56,4% em relação ao mesmo período de 2015, quando 109,5 mil unidades foram objeto de financiamento bancário.

Tomando-se um período mais dilatado, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 279,8 mil imóveis nos 12 meses encerrados em março, com redução de 46,6% relativamente à quantidade financiada nos 12 meses anteriores.

Captação da poupança
Em março, os saques nas cadernetas de poupança do SBPE foram, uma vez mais, superiores aos depósitos, o que resultou em captação líquida negativa de R$ 5,2 bilhões, segundo a Abecip.

Dado o patamar do juro básico da economia (14,25% ao ano), as cadernetas se mantêm com rendimentos pouco atrativos em relação a outras aplicações com rendimento prefixado. Cabe ressalvar, no entanto, que se concentrou em 2015 o período de maior ímpeto do movimento de saques da poupança.

Fonte: G1