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Detentas de Colatina (ES) fazem perucas para mulheres com câncer.

O material será doado às pacientes em tratamento no Hospital e Maternidade São José.

Em 06/05/2015 Referência JCC

Cinco detentas do Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL), no Espírito Santo, estão confeccionando perucas, lenços e próteses mamárias para mulheres que enfrentaram o câncer. O material será doado às pacientes em tratamento no Hospital e Maternidade São José de Colatina, a partir do próximo mês.
 
Parte do cabelo usado na produção das perucas foi doado por mulheres que também cumprem pena na unidade prisional. O restante foi arrecadado em campanhas realizadas em faculdades e salões de beleza do município
 
O projeto ‘Mãos Solidárias’ é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Organização Não Governamental (ONG) Amigas Para o Bem Viver. Desde março, as detentas trabalham voluntariamente, de segunda a sexta, das 9 às 17 horas.
 
A produção das perucas, lenços e próteses mamárias, feitas com malha de algodão e polietileno, é realizada na própria unidade prisional, sob a orientação de uma colaboradora da ONG, Sandra Helena Barros Portugal, e do cabelereiro Eduardo Avancini
 
As detentas atuam voluntariamente mas recebem o benefício da remição de pena, ou seja, a cada três dias de trabalho, um dia de pena é reduzido
 
“Realizar este tipo de trabalho voluntário possibilita momentos de reflexão e de empatia com o público que receberá o material produzido por elas. Além disso, a iniciativa permite a capacitação profissional das internas e as prepara para retornarem à sociedade”, avalia a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento
 
a colaboradora da ONG Amigas Para o Bem Viver, Sandra Helena Barros Portugal, destaca a importância do trabalho para as mulheres que estão enfrentando a doença. “Este trabalho é importantíssimo, pois leva um pouco de esperança a quem precisa e proporciona alegria às internas, uma vez que elas produzem acessórios que ajudarão as pessoas que têm a doença”, afirma.
 
Por Secom/ES