TEMAS GERAIS

Dino estabelece orçamento de emergência para incêndios

Até o fim do ano, governo federal terá à disposição um orçamento de emergência climática

Em 16/09/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

Com a autorização de Dino, o governo poderá enviar ao Congresso Nacional medida provisória (MP) apenas com o valor do crédito a ser destinado.


Siga a CCNEWSFM no Instagram e concorra a ingressos para os melhores shows

Até o fim do ano, o governo federal terá à disposição um orçamento de emergência climática para enfrentar os incêndios florestais que atingem cerca de 60% do país. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino autorizou a União a emitir créditos extraordinários fora dos limites fiscais para o combate às chamas.

>> Manaus começa a distribuir ajuda para afetados por seca

Com a autorização de Dino, o governo poderá enviar ao Congresso Nacional medida provisória (MP) apenas com o valor do crédito a ser destinado. Embora, por definição, os créditos extraordinários estejam fora da meta de déficit primário e do limite de gastos do atual arcabouço fiscal, a decisão de Dino evita que os gastos voltem a ficar dentro das limitações, caso o Congresso não aprove a MP ou o texto perca a validade.

Na prática, a decisão cria um modelo de gastos semelhante ao adotado na pandemia de covid-19. Em 2020, o Congresso autorizou um orçamento especial para as ações contra o coronavírus, apelidado de Orçamento de Guerra.

Dino também flexibilizou a regra para a manutenção e a contratação de brigadistas temporários. Até o fim do ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) não precisarão esperar três meses para recontratar os brigadistas com contrato expirado. A recontratação desses profissionais, que receberam treinamento e conhecem os territórios, poderá ser feita instantaneamente até o fim do ano.

Por causa da legislação, o contrato dos brigadistas temporários dura até dois anos. Para evitar vínculo empregatício permanente, esses quadros precisam cumprir um intervalo mínimo entre dois contratos. Anteriormente de dois anos, o prazo foi reduzido para seis meses. Em julho, uma medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia diminuído o intervalo mínimo para três meses.

Polícia Federal

Na decisão, de 40 páginas, Flávio Dino também determinou o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios O ministro também determinou que quaisquer obstáculos às medidas sejam avisados a ele.

Em nota, o STF informou que a decisão possibilita a ampliação de ações do governo federal, “desamarrando as mãos do Executivo, retirando obstáculos para que as ações prossigam com mais intensidade”. (Por Wellton Máximo/Agência Brasil)

Leia também:

Siga a Rádio CCNEWSFM no Instagram
Manaus começa a distribuir ajuda para afetados por seca
Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro
Sefaz inicia operação de fiscalização de bicicletas elétricas
Rio cria gabinete de crise para combater incêndios florestais
Érica Neves encaminha pedido de juízes para comarcas do interior
Brasil teve 11,39 milhões de hectares atingidos pelo fogo
Correios anunciam banca selecionada para realizar concurso
"Desinformação sobre vacina segue sem punição", diz biólogo
Anatel ampliará 0303 para reduzir telefonemas indesejáveis
Nomeados novos agentes do Detran para reforçar fiscalização

TAGS:
DINO | ORÇAMENTO | EMERGÊNCIA | INCÊNDIOS | GOVERNO FEDERAL