SAÚDE

Dois pré-candidatos republicanos defendem quarentena para frear zika.

Chris Christie e Ben Carson implementariam quarentena para viajantes.

Em 07/02/2016 Referência JCC

Dois pré-candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos, o governador de Nova Jersey Chris Christie e o neurocirurgião e político novato Ben Carson, disseram neste sábado (6), durante debate em New Hampshire, que implementariam, se necessário, quarentenas para viajantes para frear a propagação do vírus da Zika.
              
Chris Christie, que ganhou atenção internacional em 2014 ao colocar em quarentena uma enfermeira que retornou aos EUA após tratar de pacientes com Ebola, afirmou que não hesitaria em fazê-lo novamente.

“Pode apostar que eu iria”, disse o governador de Nova Jersey, em debate republicano em New Hampshire.

Ben Carson, um neurocirurgião aposentado, também afirmou que poderia em usar a quarentena para conter um possível avanço do vírus. “Não vejo nem um único problema nisso”.

O vírus está afetando grande parte da América Latina e do Caribe. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de emergência internacional por causa da provável relação entre o vírus da zika e a microcefalia.

Trump e mais polêmica
O magnata e pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump se mostrou partidário não só de restabelecer a tortura por afogamento simulado a suspeitos de terrorismo, mas de aplicar táticas “muito piores”.

“Restabeleceria o waterboarding (afogamento simulado) e um inferno muito pior que isso”, disse Trump ao ser perguntado a respeito no debate televisionado entre os pré-candidatos organizado pela emissora “ABC” em New Hampshire).

Já em entrevista em novembro do ano passado, Trump tinha afirmado que, se chegar à Casa Branca, restabeleceria esse método de tortura, que consiste em jogar água no rosto coberto com um tecido para provocar asfixia no detido.

Essa polêmica técnica, utilizada pela Administração de George W. Bush para extrair informação dos suspeitos detidos após os atentados do dia 11 de setembro de 2001, foi proibida pelo atual presidente, Barack Obama, pouco depois de chegar ao poder em 2009.

Por sua vez, o senador Ted Cruz disse durante o debate que, sob a definição “geralmente reconhecida” de tortura, não se pode considerar o afogamento simulado como tal.

No entanto, Cruz quis se distanciar de Trump e sustentou que não seria partidário, se chegasse à Presidência, de um uso “generalizado” da técnica do afogamento simulado.

No extremo contrário, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush, lembrou que essa prática foi proibida e que manter esse veto é o “apropriado”.

Enquanto isso, o senador Marco Rubio atacou Obama por causa da tentativa de fechar a prisão de Guantánamo, localizada em Cuba e criada também durante o governo de George W. Bush, e afirmou: “deveríamos pôr pessoas em Guantánamo, não esvaziá-la”.

Fonte: G1