ECONOMIA NACIONAL

Dólar recua ante real, mas opera acima de R$ 4 pelo 2º dia seguido.

Na véspera, moeda subiu 2,18%, a R$ 4,0339 para venda.

Em 05/01/2016 Referência JCC

Após abrir os negócios em alta, o dólar passou a operar em queda nesta terça-feira (5), ainda assim acima de R$ 4, como ocorreu na véspera, quando a moeda operou no mesmo patamar durante todo o dia e fechou em alta de mais de 2%. De acordo com a agência Reuters, há um movimento de ajuste após o mercado ter buscado ativos considerados mais seguros como o dólar na segunda-feira, com preocupações em relação à economia da China e consequências para a atividade global. Devido às tensões econômicas e políticas, no Brasil, a variação da moeda é mais acentuada.

Às 10h29, a moeda norte-americana recuava 0,48%, a R$ 4,0143 para venda.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, subia 0,49%, a R$ 4,0539.
Às 9h39, caía 0,1%, a R$ 4,0298.
Às 10h10, caía 0,25%, a R$ 4,0238.


As ações asiáticas fecharam em queda em pregão agitado nesta terça-feira, lideradas pelas ações chinesas, após o tombo de 7% dos papéis chineses na véspera. Mas a queda de hoje foi menor - 0,26% no índice de Xangai e 0,44% no índice MSCI .

O mercado se acalmou após medidas emergenciais adotadas pelo governo chinês. O Banco Popular da China, por exemplo, injetou quase US$ 20 bilhões nos mercados, a maior atuação desde setembro de 2015.

"A gente tem fluxo de muito exportador que aproveita essa taxa para vender", disse o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik. No entanto, apesar do recuo, a cautela ainda permanecia no mercado em meio aos temores sobre a economia chinesa.

"As atuações trouxeram algum alívio, mas não totalmente. O mercado ainda vai aguardar com cautela a divulgação esta noite do PMI de serviços da China", disse Rugik, referindo-se ao Índice de Gerentes de Compras, que tem divulgação marcada para as 23h45 (horário de Brasília) desta terça-feira.

Véspera
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,18%, a R$ 4,0339 para venda. Foi o maior valor desde setembro de 2015, quando, no dia 29, a moeda fechou cotada a R$ 4,0591. Também foi o maior ganho diário desde outubro, quando, no dia 13, o dólar subiu 3,58%.

A forte alta do dólar comercial na véspera refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Na tarde de segunda-feira, o dólar turismo se aproximou de R$ 4,50.

Cenário interno
No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajuda a acentuar as altas, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.

Entre as medidas a serem analisadas está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016.

Ela é necessária, nos cálculos do governo, para fechar o ano com a meta de superávit primário (a economia feita para o pagar os juros da dívida) para o setor público consolidado equivalente a 0,5% do PIB.

Interferência do BC no câmbio
O Banco Central realiza nesta manhã leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na véspera, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.

dolar VALE (Foto: G1)