ESPORTE INTERNACIONAL

Dono da Hyundai formaliza candidatura à presidência da Fifa.

O bilionário, Chung Mong-Joon, de 63 anos, é acionário majoritário da Hyundai.

Em 17/08/2015 Referência JCC

O sul-coreano Chung Mong-Joon formalizou hoje sua candidatura à presidência da Fifa, com a promessa de reformar nos próximos quatro anos da entidade máxima do futebol, abalado por escândalos. “Hoje a Fifa atravessa uma crise profunda. Neste contexto, o presidente da Fifa deve ser um gestor de crises e um reformador”, defendeu Mong-Joon.

O bilionário, de 63 anos, falou em entrevista coletiva que aconteceu em Paris, salientando que a Fifa está atolada em corrupção e que tudo o que interessa ao poder instalado é esconder os desvios. “O verdadeiro motivo pelo qual a Fifa se tornou uma organização corrupta tem a ver com o fato de a mesma pessoa (o presidente demissionário Joseph Blatter) estar lá há 40 anos. O poder absoluto corrompe tudo”, afirmou.

Chung Mong-Joon prometeu ainda que, caso seja eleito, só cumprirá um mandato à frente da Fifa, considerando que bastam quatro anos para mudar o organismo.

O presidente da UEFA, Michel Platini, e o ex-jogador Zico também têm a intenção de concorrer ao posto. Em seu anúncio, Mong-Joon considerou que Platini, embora seja seu amigo, não será um bom candidato, lembrando as relações que manteve com Blatter.

Chung Mong-Joon é acionário majoritário da Hyundai e foi vice-presidente da Fifa entre 1994 e 2011. Ele integrou o comitê executivo da entidade até a data de sua renúncia, e declarou-se opositor a Joseph Blatter. O magnata também esteve à frente da Associação Sul-Coreana de Futebol, e foi fundamental para a candidatura vitoriosa da Coreia do Sul e Japão como sedes da Copa do Mundo de 2002.

O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, ainda considera a possibilidade de concorrer às eleições de 26 de fevereiro de 2016. Outro candidato que ainda pode surgir é Musa Bility, presidente da Associação Liberiana de Futebol.

Os candidatos à sucessão de Joseph Blatter, que se demitiu na sequência do escândalo de corrupção que abalou o organismo em maio, devem formalizar as candidaturas até 26 de outubro. A eleição está prevista para acontecer no dia 26 de julho do ano que vem.

Agência Lusa