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Eletropaulo diz que 32% dos clientes afetados tiveram energia restabelecida

Temporal desta segunda-feira (12) deixou 800 mil clientes sem luz.

Em 13/01/2015 Referência JCC

A Eletropaulo informou na tarde desta terça-feira (13) que restabeleceu a energia para 32%, ou 260 mil dos 800 mil clientes afetados pela falta de luz após o temporal desta segunda-feira. Segundo a concessionária, os ventos de até 85 km/h derrubaram muitas árvores na capital paulista, o que contribuiu para o grande número de residências e comércios sem luz. A Prefeitura diz que foram 78 quedas registradas em toda cidade.

Por volta das 15h45 desta terça-feira, ainda havia 540 mil clientes sem energia. As regiões mais afetadas pela forte chuva da tarde foram as zonas Sul e Oeste da capital. As equipes da companhia de energia trabalham para restabelecer o fornecimento em ruas dos bairros: Brooklin, Campo Belo, Moema, Ibirapuera, Morumbi e Butantã.

A Eletropaulo disse que várias equipes trabalham, por exemplo, na reconstrução da rede elétrica da Avenida Escola Politécnica, onde 13 árvores caíram nesta segunda. De acordo com a Eletropaulo, durante a chuva, 96 circuitos, dos 1750, desligaram simultaneamente. Por volta das 22h30, 46 deles já haviam sido religados.

Ainda segundo a concessionária, a tempestade de segunda, acompanhada de cerca de 8 mil raios e ventos de 85 km/h "foi a com maiores impactos na rede elétrica deste verão". “A rede foi muito danificada. Para cada árvore que caiu tem centenas de pequenos galhos, que se enroscam nos fios”, diz o vice-presidente de operações da companhia, Sidney Simonaggio.

A Eletropaulo possui 11 estações meteorológicas, além do convênio com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que dão a previsão de chuva. “As nossa turmas não ficam paradas em base operacional, mas o que ocorre é que não há como se prever a violência com que ela vai castigar. O que temos observado é que temos tido chuvas tão atípica como tem sido o regime das águas. As chuvas são precedidas por ventos muito fortes, raios e águas mesmo não está caindo tanto assim”, declarou.

O temporal ocorreu após o calor bater o recorde do ano na cidade, com 35,4º C. Houve ao menos 30 pontos de alagamento, a maioria intransitáveis. O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, ficou fechado por mais de uma hora.

Semáforos

A capital paulista amanheceu nesta terça com semáforos apagados e árvores caídas em várias regiões da cidade. De acordo com a CET, havia 156 semáforos com problemas na cidade às 11h20 desta terça, sendo 134 apagados e 22 em amarelo piscante. Na madrugada, avenidas importantes como Ibirapuera e Jabaquara (Zona Sul), assim como Sumaré (na Zona Oeste) tiveram semáforos desligados.

O Bom Dia São Paulo mostrou que um semáforo apagado no cruzamento da Estrada Itapecerica com a Avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi, na Zona Sul.

Árvores caíram no cruzamento da Alamede Glete com a Avenida Rio Branco, que segue interditada desde a Alameda Eduardo Prado até a Avenida Duque de Caxias. A Prefeitura estava no local, mas não havia ainda previsão para a liberação. A Avenida Escola Politécnica, no sentido Raposo Tavares, permanecia com interdições na  devido a quedas de sete árvores apenas na altura do número 5 mil.

Um balanço da Prefeitura, divulgado antes da chuva de segunda-feira, apontou que cerca de 900 árvores caíram em São Paulo nos últimos 15 dias. No dia 29 de dezembro, um temporal durou cerca de 10 minutos, teve rajadas de vento que atingiram 96 km/h e cerca de 500 mil pessoas ficaram sem luz.

As linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionavam normalmente nesta manhã. Na tarde de segunda, raios atingiram o sistema de comunicação das linhas 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira e interromperam a circulação. O Metrô também funciona sem problemas nesta manhã.

Mais chuvas
A temperatura mais alta do ano, 35,4º C, aliada a uma brisa marítima criou as condições para a forte chuva que atingiu a capital paulista na tarde de segunda-feira. A chuva durou cerca de 55 minutos e ficou concentrada na Zona Sul, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

“As nuvens carregadas se formaram na região sudoeste da Grande São Paulo, em cidades como Cotia, Embu, Itapecerica, São Lourenço da Serra, e migraram para a Zona Sul da capital com baixo deslocamento. Com isso, choveu muito em alguns pontos como na Avenida Tereza Cristina onde a chuva foi de 58,8mm”, explicou o meteorologista do CGE, Adilson Nazário.

No Capão Redondo, foram registrados 45,5 mm de chuva. Na represa Guarapiranga, que também está na Zona Sul, 52 mm caíram nos reservatórios.

Na tarde desta terça, o CGE prevê novas pancadas de chuva de forma isolada, mas com forte intensidade. A precipitação deve vir acompanhada de trovoadas com raios, rajadas de vento e eventualmente queda de granizo.

Fonte: G1