EDUCAÇÃO

Em 1 dia, estado de SP tem 43 escolas liberadas por alunos, diz secretaria

Até esta terça, 145 escolas estaduais continuavam ocupadas por estudantes.

Em 08/12/2015 Referência JCC

Quatro dias após o governo de São Paulo decidir suspender do plano de reorganização das escolas estaduais, 145 colégios continuam ocupados pelos estudantes nesta terça-feira (8), segundo balanço da Secretaria de Educação. Desde segunda-feira (7), 43 escolas foram liberadas. Já o Sindicato dos Professores (Apeoesp) contabiliza 137 unidades ocupadas em todo o estado até o momento, informou o SPTV.

Como não existe uma liderança única, a decisão de sair é dos alunos de cada escola. Dos 43 colégios desocupados, 19 ficam em Sorocaba (SP), no interior. Apenas duas unidades seguem ocupadas por estudantes na cidade. Na noite de segunda, os alunos saíram da Diretoria Regional de Ensino e da E. E. Antônio Padilha, no Centro. Mas os funcionários encontraram o prédio com portas e grades arrombadas, e câmeras de segurança quebradas.

A Diretoria de Ensino disse que o estoque da cantina e o material de educação física também sumiram. A Polícia Civil vai investigar o que aconteceu em Sorocaba.

Suspensão
O governador Geraldo Alckmin suspendeu na sexta-feira (4) a reestruturação afetaria mais de 300 mil alunos. Na mesma data também foi divulgado pelo instituto Datafolha que o governador teve seu índice de popularidade mais baixo, com apenas 28% de aprovação.

No sábado (5), um decretou oficializou o adiamento das mudanças. Durante os protestos, a Polícia Militar (PM) foi criticada por agir com truculência com os estudantes que interditaram vias públicas da capital paulista.

Alckmin disse que irá dialogar com pais e alunos no ano que vem a respeito da reorganização da rede de ensino estadual e que os estudantes permanecerão em suas unidades em 2016.

Após o governador suspender a reforma da rede de ensino, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo. A carta com o pedido de demissão foi entregue ao governador, que aceitou a decisão de Voorwald. Alckmin deve anunciar o nome do novo secretário no início desta semana.

O governo paulista defende que a reorganização vai melhorar o ensino. Os alunos, porém, contestam e reclamam que não foram ouvidos pelo governo sobre as mudanças e sobre o fechamento das unidades onde estudam. Em protesto, eles passaram a ocupar, desde 9 de novembro, escolas em todo o estado.

Novos protestos
Um grupo de estudantes realizou um protesto na manhã de segunda-feira na Rodovia Raposo Tavares, na Zona Oeste de São Paulo. Os manifestantes pediam a suspensão da reorganização escolar em definitivo. O protesto ocorreu na altura do km 12 da rodovia no sentido São Paulo. Duas faixas direita foram bloqueadas e os veículos trafegam apenas por uma faixa, provocando congestionamento na região.

Os estudantes chegaram a interditar totalmente a pista no sentido São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária, as pistas da estrada foram liberadas por volta das 12h20. Os manifestantes representam cinco escolas da Zona Oeste, entre elas a Escola Estadual Fernão Dias Paes.

Na noite de segunda-feira, uma manifestação de estudantes bloqueou os dois sentidos da Rua Teodoro Sampaio, próximo à Avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros.

Ocupações
Um grupo de estudantes afirmou neste domingo (6), na Escola Estadual Diadema, que as ocupações e os protestos de rua continuarão. O pronunciamento foi feito por quatro adolescentes, que disseram ainda exigir um pronunciamento "concreto" do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o cancelamento da reorganização em uma audiência pública "amplamente convocada".

Os estudantes leram um manifesto na Escola Estadual Diadema, ocupada desde 9 de novembro, e disseram representar os estudantes secundaristas. "Nós, estudantes secundaristas, após o encontro estadual das escolas ocupadas do dia 6 de dezembro, anunciamos que continuaremos na luta, seja ocupando as escolas ou as ruas", disse um deles.

O adolescente afirmou que a força dos estudantes foi provada, "uma vez que o governador teve que recuar com o projeto e o secretário [da Educação, Herman Voorwald] teve que deixar o cargo. Uma grande derrota imposta pelos estudantes", afirmou. Questionados pela GloboNews, os jovens não afirmaram quantas escolas representavam.

Eles também cobraram punições a policiais que tenham "agredido ou ameaçado" os estudantes e o fim dos processos contra alunos, funcionários e professores. O governo de São Paulo não se manifestou sobre as afirmações feitas pelos estudantes neste domingo.

Virada
Na frente de outra escola na Zona Oeste de São Paulo, outro evento chamado Virada Ocupação comemorou os atos dos estudantes e a suspensão da reorganização escolar. A Virada Ocupação acontece em uma praça da Rua Cristiano Viana, no Sumaré. A praça fica em frente à Escola Professor Antônio Alves Cruz, uma das ocupadas por estudantes contrários à reorganização.

A virada foi convocada pela Rede Minha Sampa, que se define como uma rede de alerta e mobilização independente e “em prol de São Paulo”. Segundo a rede, também farão apresentações neste domingo as seguintes bandas e artistas: Maria Gadú, Bárbara Eugênia, Vanguart, Cidadão Instigado, Céu, Pequeno Cidadão, Paulo Miklos, Tiê e André Whoong, Arnaldo Antunes, Vespas Mandarinas, 2 Reis, Pitty, Chico César, Fresno, Bixiga 70, Yiago Iorc, Lucas Santana, Karina Buhr e Metá Metá.

Vários estudantes compareceram ao evento com faixas e cartazes contendo frases bastante usadas por eles nos protestos contra a reorganização das escolas. “Tira a minha escola e eu tiro o seu sossego”, diz um dos cartazes.

Suspensão
O governador Geraldo Alckmin recuou e suspendeu a reestruturação afetaria mais de 300 mil alunos nesta sexta. Na mesma data também foi divulgado pelo instituto Datafolha que o governador teve seu índice de popularidade mais baixo, com apenas 28% de aprovação.

Durante os protestos, a Polícia Militar foi criticada por agir com truculência com os estudantes que interditaram vias públicas da capital paulista.

O tucano disse que irá dialogar com pais e alunos no ano que vem a respeito da reorganização da rede de ensino estadual e que os estudantes permanecerão em suas unidades em 2016.

Após o governador suspender a reforma da rede de ensino, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo. A carta com o pedido de demissão foi entregue ao governador, que aceitou a decisão de Voorwald. Alckmin deve anunciar o nome do novo secretário no início desta semana.O governo defende que a reorganização vai melhorar o ensino. Os alunos, porém, contestam e reclamam que não foram ouvidos pelo governo sobre as mudanças e sobre o fechamento das unidades onde estudam. Em protesto, eles passaram a ocupar, desde 9 de novembro, escolas em todo o estado.

 

Fonte:G1