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Empresa alvo da PF no ES diz que tentará manter atividades

Em comunicado emitido nesta quinta-feira (13), a empresa alegou que trabalha de forma legal e com autorização da SUSEP.

Em 13/11/2014 Referência JCC

A empresa de Vitória que foi alvo da operação da Polícia Federal contra fraudes e lavagem de dinheiro na última quarta-feira (12), disse que vai à Justiça para manter suas atividades no Espírito Santo.

Em comunicado emitido nesta quinta-feira (13), a empresa alegou que trabalha de forma legal e com autorização da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão do governo federal responsável pelo controle, normatização e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.

Além disso, a empresa afirmou que a decisão emitida pela 4ª Vara Federal Criminal de Pernambuco, que paralisou as atividades da organização em Vitória, é temporária e será contestada na Justiça. Na nota oficial a empresa diz que “o próprio Poder Judiciário já tendo analisado tais questionamentos do Ministério Público Federal e vem atestando a legalidade dos sorteios lastreados em títulos de capitalização”.

De acordo com o comunicado, "as ações sociais do “Instituto Ativa Brasil”, com recursos das vendas dos títulos de capitalização, beneficiam diversas entidades e ações sociais, tais como: Obra Social Cristo Rei, Sociedade de Assistência a Velhice Desamparada – Asilo de Vitória, Casa Lar Walter Souza Barcellos". Além dos benefícios para as entidades sociais, a empresa afirma que a venda dos títulos de capitalização gera recolhimento de tributos, oportunidades de trabalho e empregos, bem como o incremento da economia local.

A operação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã da última quarta-feira (12), uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro e fraude no Espírito Santo e em outros doze estados do país.

Em Vitória, as investigações aconteceram na sede de uma empresa de vendas de títulos de capitalização, localizada no bairro Bento Ferreira. Depois da chegada dos policiais ao local, as portas da empresa permaneceram fechadas.

Do lado de fora do prédio, um lote com mais de cem caixas de bilhetes, que seriam vendidos para o próximo sorteio do dia 23 de novembro, foi apreendido.

De acordo com as informações da Polícia Federal, as investigações começaram há nove meses. As acusações são de lavagem de dinheiro e fraude. Parte da verba arrecadada com a venda de bilhetes, que deveria ser destinada a instituições filantrópicas, era revertida para uma empresa em Belo Horizonte, Minas Gerais. O esquema movimentou mais de um R$ 1 bilhão. A operação aconteceu em todo o Brasil. Empresas de treze estados estariam envolvidas no esquema comandado pela empresa Pernambuco da Sorte, sediada em Recife.

Fonte: Folha Vitória