SAÚDE

Empresa realiza evento inédito sobre Transtorno do Espectro do Autismo.

Aconteceu no dia 24 de setembro, o evento Medicina Personalizada ? A luz de um novo olhar.

Em 26/09/2016 Referência JCC

Dedicada exclusivamente à Medicina Personalizada para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e outros transtornos neurológicos de origem genética, a TISMOO realizou no último sábado, dia 24 de setembro, no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, o evento ‘Medicina Personalizada – A luz de um novo olhar’, para se lançar oficialmente no mercado. Em operação desde abril deste ano, a empresa define seu modelo de negócio como uma Social Enterprise, um conceito de companhia que tem a responsabilidade social de beneficiar comunidades específicas em seu core, no caso da TISMOO as comunidades do autismo.  

O evento

O evento contou com a presença de mais de 200 pessoas, entre pais, profissionais da área da saúde e interessados sobre o tema, e foi acompanhado online via streaming por mais de 2.600 pessoas. O evento teve uma organização e concepção bastante inovadora, mostrando que crianças e adultos que possuem o TEA também podem transbordar talentos e trazer muitas histórias de superação. Logo na chegada do evento, os convidados foram recepcionados por crianças autistas e a cobertura fotográfica do evento foi realizada por Nicolas Sales Brito, autista de 17 anos que superou diversas fases do espectro e hoje trabalha como fotógrafo profissional. No encerramento, os convidados e espectadores foram surpreendidos com uma apresentação emocionante do tenor Saulo Laucas, que é cego e autista e contou o hino nacional na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas. “O autismo é parte desse mundo e não um mundo à parte”, explicou durante a apresentação um dos co-fundadores da TISMOO, Gian Franco Rocchiccioli.

O lançamento

O lançamento da empresa contou com a palestra do Dr. Alysson Muotri, Chief Scientific Officer da TISMOO, biólogo molecular e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia (UCSD), considerado um dos principais especialistas em autismo do mundo. “O trabalho desenvolvido na TISMOO vai beneficiar muitas pessoas por oferecer aos pais o conforto de descobrir qual a mutação genética que seus filhos têm e qual o tratamento especializado deve ser aplicado. Todos, inclusive os neurotípicos, vão se beneficiar pelo conhecimento gerado porque estamos entendendo como é a genética humana, como ela se forma”, comentou. Também palestraram no evento, a Dra. Graciela Pignatari, cientista e diretora executiva da TISMOO e mais duas grandes personalidades, o Dr. Carlos Gadia, Chief Medical Officer da TISMOO, neuropediatra e diretor-associado do Miami Children’s Hospital Dan Marino Center, e a Dra. Patrícia Beltrão Braga, Advisory Board Member da TISMOO, bióloga e responsável pela reprogramação das primeiras células iPS no Brasil e idealizadora do Projeto ‘A Fada do Dente’ da USP (Universidade de São Paulo).

Pioneira

Pioneira no mundo a realizar este trabalho, a TISMOO se propõem a impactar positivamente a vida das famílias com entes que sofrem de distúrbios neurológicos, oferecendo uma medicina mais individualizada, capaz de atender as características únicas de cada paciente. Assim, pretende, por meio da modelagem celular e edição genética, criar uma nova plataforma para a análise funcional das alterações dos genes e, desta forma, desenvolver e testar novos medicamentos em “mini-cérebros” derivados diretamente dos próprios pacientes e produzidos em laboratório, auxiliando a clínica.

Sobre a TISMOO

Criada em 2016, a startup de biotecnologia TISMOO é o primeiro laboratório do mundo exclusivamente dedicado a análises genéticas focadas em perspectivas terapêuticas personalizadas para Transtorno do Espectro do Autismo e outros transtornos neurológicos de origem genética, como a Síndrome de Rett, Síndrome de Timothy, Síndrome Frágil X, Síndrome de Angelman e a Síndrome de Phelan-McDermid. Com renomados cientistas em sua equipe, o objetivo da TISMOO é recriar em laboratório as etapas do desenvolvimento neural a partir de células do próprio paciente – “mini-cérebros” - capazes de capturar o material genético de cada indivíduo a fim de investigar como suas mutações levam a um quadro clínico específico e buscar novas formas de reverter o processo com tratamentos farmacológicos. www.tismoo.com.br.

Por Paula Rocha/CM Comunicação