ECONOMIA CAPIXABA

Empresas capixabas no combate ao desperdício de alimentos

Pelo menos um terço de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado.

Em 24/04/2019 Referência JCC, Rosane Freitas

Divulgação

Os números são alarmantes. Pelo menos um terço de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado, numa quantidade que daria para alimentar 28,5% da população do planeta. O Brasil, especificamente, descarta cerca de 41 mil toneladas de alimentos, a cada ano, despontando entre os 10 países que mais desperdiçam comida, de acordo com o último levantamento do World Resources Institute (WRI) Brasil (2016).

E se controlar esse desperdício dentro de casa não é tarefa fácil, imagine no refeitório de uma grande empresa, com centenas e até milhares de colaboradores. Para reduzir esses índices e conscientizar seus públicos internos para o grave problema, que é jogar comida no lixo, várias empresas capixabas têm mobilizados campanhas e projetos com resultados significativos.

Em um hospital da grande Vitória, que conta com mais de 1.300 empregados e médicos do corpo clínico que almoçam e jantam na instituição todos os dias, plotagens informativas sobre o tema já fazem parte do visual do refeitório. Além disso, a soma das perdas de alimentos (resto nos pratos) é exibida diariamente em um painel instalado no local e conhecido como “Desperdiçômetro”.

Essa apuração não só permite o controle do total desperdiçado, a cada mês e a cada ano, como também estimula a redução de perdas. A ação “Desperdício Zero de Alimentos” é realizada há dois anos e já resultou na redução média de 26% no desperdício de alimentos servidos no refeitório. “E a meta é diminuir cada vez mais esse índice”, comentou Edgar Britto Dias, coordenador de Nutrição.

Na ArcelorMittal Tubarão são fornecidas oito mil refeições diárias, distribuídas nos oito restaurantes da empresa (um central, sete setoriais e três minis). Para garantir o mínimo de desperdício de alimentos nos restaurantes, é feito um amplo trabalho de conscientização com os usuários dos espaços.

Para avaliar os resultados desta campanha, diariamente a área responsável pela alimentação calcula a média de desperdício e esse número é divulgado nos restaurantes para todos os usuários. A meta de sobra de alimentos não pode ultrapassar 10 gramas por refeição, o que equivale a uma colher de sopa de arroz ou de feijão, por exemplo.

A ideia tem dado certo. No início do projeto, em 1997, a média de desperdício era de 62g por usuário e a meta inicial era ter, no máximo, cerca de 30g de sobra. Alcançado esse objetivo, a meta passou para 15g, em seguida para 12g e, agora, chegou a 10g.

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