ECONOMIA CAPIXABA

ES realiza Fórum sobre combate e prevenção do mormo e da anemia equina.

O evento acontece na próxima sexta-feira (26), das 8 horas às 18 horas, UVV.

Em 25/06/2015 Referência JCC

A saúde dos equinos e os desafios para prevenir e combater duas graves doenças que afetam os animais estarão em debate no 1º Fórum Capixaba de Sanidade Equina, realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espirito Santo (Idaf) e entidades e instituições parceiras. O evento, que acontece na próxima sexta-feira (26), das 8 horas às 18 horas, no auditório da Universidade de Vila Velha (UVV), tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e contará com a presença de especialistas de outros Estados.

O objetivo do fórum é discutir os desafios para combater o mormo e a anemia infecciosa equina (AIE), doenças que atingem cavalos, burros e mulas. No caso do mormo, trata-se de uma zoonose, ou seja, a doença pode ser transmitida também para o homem. “Nos últimos meses, temos registrado casos de mormo e AIE em alguns animais aqui do Estado. Com esse encontro, vamos poder discutir as formas de prevenção e combate às doenças no plantel capixaba”, destaca José Maria de Abreu Junior, diretor presidente do Idaf.

A programação do encontro contará com palestrantes dos órgãos de defesa sanitária dos estados de São Paulo e Minas Gerais, que irão expor suas experiências no combate ao mormo e à AIE. Segundo o chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Animal do Idaf, Anderson Teixeira, o Fórum é uma oportunidade de estreitar a relação com os criadores de equídeos. “Promover a discussão sobre o tema é importantíssimo. Vamos passar aos criadores os métodos de prevenção e, assim, unir forças para ajudar no combate às doenças”, afirma.

Serviço:
Evento: 1º Fórum Capixaba de Sanidade Equina
Data: Sexta-Feira, dia 26 de junho de 2015
Local: Auditório da Universidade de Vila Velha (UVV)
Horário: das 8 horas às 18 horas

Saiba mais:

O que é Anemia Infecciosa Equina (AIE)?

Anemia infecciosa equina (AEI) é uma doença causada por vírus, que não tem cura e pode acometer os equídeos (cavalos, équas, mulas, burros, jumentos, pôneis) de qualquer raça, sexo ou idade.

Uma das principais formas de transmissão é por picadas de mutuca e moscas, que se alimentam de sangue. A infecção também pode ocorrer pelo uso da mesma agulha, arreio, freio ou espora em animais diferentes.

A maioria dos animais infectados não apresenta sintomas da doença, entretanto, os sintomas observados são: fraqueza, febre, perda de peso, mucosas amareladas, edemas subcutâneos e anemia.

Prevenção e Controle
- Realizar exames, no mínimo, a cada seis meses em todos os equídeos da propriedade;
- Sacrificar os animais com resultado positivo para AIE;
- Usar agulhas descartáveis para a aplicação de medicamentos e colheita de sangue e esterilizar os materiais reutilizáveis;
- Sempre exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e o atestado negativo de AIE para a entrada e saída de animais na propriedade;
- A participação em leilões, feiras, exposições, rodeios, vaquejadas e demais concentrações de equídeos somente é permitida mediante a apresentação do atestado negativo do exame de AIE e da Guia de Trânsito Animal (GTA). O criador deve evitar a participação em eventos que o órgão fiscalizador (Idaf) não esteja presente.

O que é mormo?

Mormo é uma zoonose causada pela bactéria da espécie Burkholderia mallei. É uma grave enfermidade infectocontagiosa que acomete especialmente os equídeos (cavalos, burros e mulas), ocasionalmente felinos e cães e que pode ser transmitida ao homem. Em equídeos, a letalidade é de cerca de 95%.

Nos equídeos, a doença é transmitida pela ingestão de alimentos ou água contaminados, por meio de descargas das vias respiratórias ou lesões cutâneas ulceradas a partir de contato com animais portadores. Manifesta-se com febre, tosse e corrimento nasal. Inicialmente apresenta lesões nodulares que evoluem para úlceras, e após a cicatrização formam lesões em forma de estrela.

Não há tratamento eficaz para os animais nem vacina contra o mormo. Os animais com a doença confirmada são sacrificados.

Prevenção e Controle

Como forma de garantir a prevenção e o controle da doença, o Idaf publicou uma portaria com medidas de defesa sanitária animal que tornou obrigatória a apresentação de exame e de atestado veterinário de ausência de sinais clínicos de mormo para o transporte dos animais dentro ou fora do Estado.

Além disso, a fim de evitar a disseminação da doença, o Idaf recomenda a adoção de ações de vigilância epidemiológica e que todos os médicos veterinários e profissionais da saúde mantenham-se alertas, no sentido de detectar precocemente animais doentes ou casos humanos suspeitos de mormo.

Confira:?

A prevenção da doença em seres humanos baseia-se no manejo do ambiente e controle animal que envolve:

- Sacrifício dos animais positivos para a doença e interdição da propriedade que será considerada foco;
- Controle rigoroso do trânsito de equídeos, que deve obrigatoriamente ser feito acompanhado de exame de fixação de complemento (FC) negativo, dentro da validade.
- Aquisição de animais de áreas livres ou com diagnóstico laboratorial negativo;
- Realizar quarentena de animais recém-introduzidos em uma propriedade;
- Desinterdição da propriedade foco somente pelo serviço veterinário oficial após a eutanásia dos animais positivos e a obtenção de dois exames negativos sucessivos de todo plantel;
- Limpeza e desinfecção de instalações, veículos, equipamentos, utensílios e arreios com hipoclorito de sódio a 500 ppm ou desinfetantes a base de iodo ou etanol a 70%;
- Baias e cochos coletivos devem ser evitados;
- Médicos veterinários, magarefes, tratadores de animais, laboratoristas e pessoas que tem contato com animais suspeitos ou com equipamentos contaminados devem usar equipamentos de proteção individual (EPIs) tais como, luva, mascara, óculos e avental.

Secom/ES