SAÚDE

ES tem dois casos suspeitos de febre amarela, diz Sesa.

Casos suspeitos são de Conceição do Castelo e São Roque do Canaã.

Em 16/01/2017 Referência JCC

A Secretaria de Estado da Saúde  do Espírito Santo(Sesa) foi notificada sobre dois casos de suspeita de febre amarela no estado, neste mês de janeiro. São os primeiros registros no estado, desde que começou o surto da doença em cidades do leste de Minas Gerais – algumas fazem limite com municípios capixabas.

A secretaria não detalhou as notificações recebidas e destacou que os casos ainda serão investigados. O diagnóstico definitivo pode indicar outras doenças com sintomas semelhantes O resultado do exame demora derca de 20 dias.

Um dos casos suspeitos é de Conceição do Castelo, na região Serrana do estado. Por suspeitar estar diante de um caso de febre amarela, a secretaria municipal de saúde notificou a Sesa e o médico pediu a transferência do paciente, um homem de 45 anos, para um hospital da Grande Vitória.

Ele foi internado na última quinta-feira (12), com sintomas compatíveis aos da febre amarela no Hospital Nossa Senhora da Penha, no município. O paciente vive na zona rural de Conceição do Castelo, na localidade de Mata Fria.

“Foi encontrado um macaco morto na região em que ele mora e o médico plantonista optou por acionar a Sesa sobre a suspeita e pedir a transferência, para que tenha mais recursos hospitalares”, informou a secretária municipal de Saúde, Sandra Lupim.

O pedido de transferência foi feito na noite de sábado (14). De acordo com a Sesa, o paciente seria transferido para o Hospital Evangélico, em Vila Velha. Até o fechamento da reportagem, o homem permanecia em Conceição do Castelo.

O outro caso suspeito da doença no estado é o de uma mulher de São Roque do Canaã, que mora em um distrito do interior onde também foram encontrados macacos mortos. A Sesa confirma a notificação, mas não detalhou de onde a paciente é.

Letalidade
Coordenador do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, Reynaldo Dietze destaca que a taxa de letalidade da febre amarela é de 20%. A da dengue, 1%. Por isso, aos primeiros sintomas, é necessário buscar atendimento médico.

O especialista destaca, também, que é fundamental mapear o deslocamento dos pacientes com casos suspeitos nos 15 dias anteriores aos sintomas. A doença é comum na região amazônica. Nas áreas urbanas, não. “Se o paciente contrair a doença sem que tenha ido a regiões de incidência, é preocupante. Significa que ali perto há transmissão”.

Por Vinícius Valfré, de A Gazeta