EDUCAÇÃO

Escola Viva: jovens irão construir projeto de vida em novo modelo de escola.

O Projeto foi aprovado nesta quarta-feira (10) pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

Em 10/06/2015 Referência JCC

Mais do que uma escola em tempo integral, um novo modelo de Ensino Médio em turno único, que traz inovações pedagógicas e de gestão, orientando o jovem a ser protagonista e a construir seu projeto de vida. Essa é a proposta da Escola Viva, uma política pública de alta qualidade, que proporcionará aos estudantes da rede estadual um currículo flexível, com profissionais dedicados em tempo integral. O Projeto de Lei Complementar (PLC) 4/2015, que institui o turno único no ensino médio nas escolas públicas estaduais, foi aprovado nesta quarta-feira (10) pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

O Programa de Escolas Estaduais de Ensino Médio em Turno Único, a Escola Viva, que será implantado pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu) com apoio do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE), tem o objetivo de planejar, executar e avaliar um conjunto de ações inovadoras em conteúdo, método e gestão, direcionadas à melhoria da oferta e da qualidade do Ensino Médio na rede pública estadual.

“Hoje, no Espírito Santo, 86% dos estudantes são da rede pública estadual, são 112 mil jovens. Precisamos revolucionar o Ensino Médio, queremos que os nossos alunos tenham igualdade de competições para vagas em faculdades e no mercado de trabalho. A Escola Viva é uma política pública de alta qualidade do Governo do Estado, que propõe uma escola diferente, que revoluciona para melhor tanto para os alunos, quanto para as famílias e para professores. Estamos trabalhando para por em prática esse Programa”, explica o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha.

A Escola Viva é um pouco diferente dos vários exemplos de educação em tempo integral já vistos no Brasil. “A Escola Viva dará oportunidade para os jovens exercitarem todas as competências que ele precisa no mundo de hoje. Não é só aprender a língua portuguesa, a matemática e a ciências. Eles vão desenvolver sua autonomia, sua capacidade de diálogo e interação. O mundo exige isso e o Programa é uma ferramenta de mudança que proporcionará um bom currículo”, ressalta Haroldo Rocha.

Escola Viva

As bases da Escola Viva serão: gestão, pedagogia e monitoramento de resultados. Além da estrutura diferenciada e do currículo inovador, na Escola Viva os profissionais terão dedicação integral e o tempo que o aluno permanece na escola será de 9 horas e 30 minutos.

A Escola Viva terá um currículo diversificado, com organização curricular flexível. O currículo escolar contará com as disciplinas obrigatórias (Português, Matemática, Química, Física e etc.) e também disciplinas eletivas, em que os estudantes irão escolher de acordo com seu interesse e aptidão. A escola disponibilizará um rol de disciplinas eletivas como Cinema, Teatro, Educação Ambiental, Robótica, entre outras disciplinas, oferecidas semestralmente.

Foram visitadas 28 escolas estaduais da Grande Vitória para dar início aos trabalhos de implantação da Escola Viva. Além disso, também foram visitados prédios de escolas particulares, que não estão em funcionamento, para verificar a viabilidade de implantação do Programa. Ainda não estão definidas onde serão implantadas as primeiras unidades.

Experiências exitosas

O modelo da Escola Viva já é sucesso em alguns estados do Brasil, como: Pernambuco, Ceará, Piauí, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

O ICE, que está apoiando a implantação da Escola Viva no Espírito Santo, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha com o desenvolvimento de ações que promovam a qualidade do ensino e da aprendizagem na escola pública.

Em Pernambuco, 300 escolas desenvolvem o programa das Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Segundo dados do ICE, o modelo tem sido atraente não só para os professores, mas consequentemente para os alunos que têm mostrado um ótimo desempenho nas escolas. Em São Paulo, o modelo também tem apresentado resultados positivos, contendo o abandono de estudantes. A taxa de evasão, dos alunos que participam do programa em SP, fica em torno de 5%. No Brasil, contando os três anos do Ensino Médio, a taxa de evasão é de 30%. Na cidade de Santos, na Escola Estadual Ablas Nascimento Filho, que adota o modelo de tempo integral, em dois anos de programa, apenas um aluno desistiu de estudar.

Fonte: SEDU