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Espírito Santo ganha Sociedade de Hotelaria Hospitalar.

A solenidade está marcada às 11 horas, no auditório do Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves.

Em 09/06/2015 Referência JCC

O Espírito Santo será mais um dos estados brasileiros que contam com associações voltadas para o serviço de hotelaria hospitalar. A partir da próxima quinta-feira, a Sociedade de Hotelaria Hospitalar do Espírito Santo (SHHES) vai regulamentar normas, promover eventos científicos e capacitação, além de facilitar o intercâmbio de informações entre os hospitais do Estado. A solenidade está marcada às 11 horas, no auditório do Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves.

“Nosso objetivo é fomentar em caráter científico a hotelaria hospitalar e higienização no Espírito Santo. A hotelaria hospitalar engloba higienização, lavanderia, desinfecção, segurança e nutrição. Tudo isso é responsabilidade do gerente de hotelaria. Por isso, é preciso treinamento e capacitação científicos para quem atua nessa área. Uma das metas da Sociedade é normatizar a atuação da hotelaria para que não ocorra como aconteceu no passado, quando cirurgias neurológicas já foram realizadas com moscas dentro do campo”, afirma Mauro Quintão, administrador hospitalar e especialista em higienização de hospitais.

Segundo Mauro, hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde do Brasil lutam para vencer o desafio de conquistar uma higienização qualitativa. Os profissionais da saúde erram, por falta de treinamento adequado, nos procedimentos mais simples, como lavar as mãos. Em Brasília, uma pesquisa mostrou que quatro a cada dez pessoas que pegam infecções dentro de uma UTI morrem por infecção hospitalar, e uma das principais causas é a má higienização das mãos de quem trabalha no setor.

O serviço de higienização hospitalar feito com eficiência e qualidade é a melhor estratégia no combate às bactérias. “A higienização hospitalar é o processo de desinfecção dentro da maior instituição de saúde. Essa é a primeira e mais importante medida de prevenção a contaminações. Por se tratar de um ambiente de risco e de muita circulação de pessoas infectadas, o serviço de higienização exige uma atenção redobrada e materiais certificados para que a desinfecção seja feita da forma correta”, explica Quintão.

De acordo com Quintão, a criação da entidade fortalece o setor de hotelaria capixaba, que precisa ser gerido com profissionais especialistas para garantir o sucesso da higienização e evitar risco de infecções hospitalares. “Não existe uma entidade que possa representar esses profissionais aqui no Estado, nem cursos para especialização. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia já contam com sociedades de hotelaria hospitalar”, destaca.

“A limpeza sempre foi o calcanhar de Aquiles dos médicos, administradores hospitalares e das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. Isso porque, sem a higienização adequada, o serviço médico vai por água a baixo e os índices de infecção sobem assustadoramente, causando danos irreparáveis para a imagem e sucesso da instituição, já que põe em risco a saúde dos pacientes e das pessoas que ali frequentam”, afirma o empresário.

Ao avaliar os números de infecções hospitalares no Brasil, percebe-se a necessidade de um serviço de excelência na higienização de hospitais. De acordo com um estudo realizado pela Associação Nacional de Biossegurança, a cada ano, 100 mil pessoas morrem por infecções hospitalares. Só nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, as taxas brasileiras de infecção são de 18,9% a 57,7%, sendo que em países desenvolvidos a média está entre 8,4% e 26%.

Fonte: BemDita Comunicação