SAÚDE

Estudo revela possível tratamento para a osteoartrite

Exercício e condicionamento físico são fundamentais.

Em 29/01/2019 Referência JCC - Lia Kubelka

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No maior estudo genético da osteoartrite até hoje, os cientistas descobriram 52 novas alterações genéticas ligadas à doença, o que dobra o número de regiões genéticas associadas à condição incapacitante. A osteoartrite é a doença musculoesquelética mais prevalente e uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. É uma doença das articulações, caracterizada por degeneração das cartilagens acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas. Um dos sinais da doença é o aumento de conteúdo líquido no interior do tecido cartilaginoso em uma ou mais articulações. Afeta tanto homens quanto mulheres e os sintomas costumam se agravar com o avançar da idade.

As causas ainda não estão muito bem esclarecidas, como na maioria das reumatologias, mas se sabe que a obesidade, esforços físicos repetitivos e alguns esportes aumentam o risco da doença. Outro importante fator é a genética, que também possui uma importante influência no desencadeamento da doença. Os sintomas podem ser leves e cíclicos, mas o maior desconforto está relacionado às dores articulares, que geralmente aumentam de intensidade ao longo dos anos, tornando-se um fator limitante para a qualidade de vida dos indivíduos. Não existe tratamento específico que iniba a doença, mas diversos protocolos podem aliviar os sintomas e diminuir o agravamento. O exercício e condicionamento físico são fundamentais e devem ter destaque no protocolo de tratamento. Em alguns casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária.

Essa semana foi divulgado um trabalho em que cientistas do Instituto Wellcome Sanger, na Inglaterra, analisaram os genomas de mais de 77.000 pessoas com osteoartrite. Suas descobertas, publicadas na Nature Genetics, revelaram novos genes e vias biológicas ligadas à osteoartrite, o que poderiam ajudar a identificar pontos de partida para novos medicamentos. Os pesquisadores também destacaram as oportunidades de os medicamentos existentes serem avaliados na osteoartrite. A equipe estudou muitos tipos diferentes de osteoartrite, inclusive nas articulações do joelho e do quadril.

Descoberta de novos genes e vias biológicas, poderiam ajudar a identificar pontos de partida para novos medicamentos — Foto: iStock

Descoberta de novos genes e vias biológicas, poderiam ajudar a identificar pontos de partida para novos medicamentos — Foto: iStock

A fim de descobrir quais genes poderiam causar osteoartrite, a equipe integrou dados genéticos e proteômicos em tecidos retirados de pacientes submetidos à cirurgia de substituição articular. Ao incorporar muitos conjuntos de dados diferentes (Biologia Sistêmica), os cientistas foram capazes de identificar quais genes provavelmente seriam causadores da osteoartrite. Dez dos genes foram destacados como alvos de drogas existentes, que estão em desenvolvimento clínico ou aprovados para uso contra osteoartrite e outras doenças. A equipe sugeriu que os dez medicamentos destacados seriam bons candidatos para testes em osteoartrite.

O estudo representa um marco extremamente importante para entender a complexidade da osteoartrite e encontrar novos tratamentos. A longo prazo, a pesquisa progride significativamente na jornada para acabar com a dor, isolamento e fadiga dos que vivem com artrite.