MEIO AMBIENTE

Expedição levanta novas espécies da região amazônica.

As atividades seguem até o dia 15 de fevereiro.

Em 21/01/2016 Referência JCC

Uma expedição com especialistas em diferentes grupos biológicos e geólogos está no maciço de montanhas da Serra da Mocidade, em Roraima, pesquisando novas espécies da fauna e da flora da região. Os trabalhos são desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com apoio do Exército Brasileiro e do ICMBio. As atividades seguem até o dia 15 de fevereiro.

As montanhas da Serra da Mocidade alcançam quase 2 mil metros de altitude. A região é considerada um dos hotspots (área de relevância ecológica por possuir vegetação diferenciada) mundiais para a pesquisa.

Trata-se de um complexo de serras altas isoladas por enormes extensões de terras baixas conhecidas como pantanal setentrional Amazônico e que possuem um alto potencial de ocorrência de espécies ainda não descritas pela ciência.

Uma parte desse complexo está inserido no Parque Nacional Serra da Mocidade, unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e outra parte está em áreas pertencentes ao Exército Brasileiro e na Terra Indígena Yanomami.

A equipe gestora do parque, com aporte de recursos do programa Áreas Protegidas na Amazônia (Arpa), está apoiando a expedição que visa também contribuir com informações para o Plano de Manejo da unidade, que está em elaboração.

Segundo o coordenador da expedição, o ornitólogo Mário Cohn-Haft, devido ao grau de isolamento, a fauna e flora possivelmente desenvolveram suas próprias características e devem ser algo único. “E é isso que nos move”, ressaltou o pesquisador.

A realização da expedição só está sendo possível devido ao apoio do Comando Militar da Amazônia (CMA /Exército Brasileiro), já que a região é de difícil acesso. As equipes e os materiais estão sendo levados de helicóptero, que são imprescindíveis nos deslocamentos e na reposição de todos os equipamentos e da alimentação necessária para um período tão longo em local isolado e sem comunicação.

Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio