CIDADE

Findes desiste de projeto de restaurante giratório em Vitória(ES).

Estrutura vai ser readequada para atender à economia criativa.

Em 14/01/2016 Referência JCC

O restaurante giratório projetado no topo do prédio da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na Reta da Penha, em Vitória, não vai mais existir. Em entrevista ao Bom Dia ES nesta quinta-feira (10), o presidente da Findes, Marcos Guerra, disse que a construção vai ser reestruturada para atender à economia criativa.

A obra, que prometia ser um cartão-postal de Vitória, foi projetada na gestão Lucas Izoton, que deixou o comando da Findes em julho de 2011. No decorrer da obra, laudos técnicos e relatórios indicaram falha de projetos, má qualidade na execução da obra e impasse quanto à segurança da estrutura.

O prazo inicial para entrega do restaurante giratório era outubro de 2011. Mas, a entrega nunca aconteceu. “Quando assumi a Federação das Indústrias, eu herdei aquele projeto. Eu não faria”, disse Guerra.

De acordo com o atual presidente da Federação, mesmo não servindo à ideia inicial, a estrutura já pronta não será improdutiva.

“A gente vai buscar um caminho para aquele espaço. Ele não vai ser um restaurante, a gente vai colocar ali uma estrutura para a economia criativa, que tem crescido bastante”, explicou.

Impasse com o TCU
Em junho de 2015, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) devolvesse R$ 9,5 milhões a um dos condôminos do edifício-sede, o Serviço Social da Indústria (Sesi).

O valor, conforme processo movido no tribunal, foi aportado irregularmente e com desvio de finalidade na construção do restaurante panorâmico. Na ocasião, a Findes estudava meios de devolver o valor.

A obra foi projetada na gestão Lucas Izoton, que deixou o comando da Findes em julho de 2011. Orçada inicialmente em pouco mais de R$ 8,4 milhões, a obra de reforma e ampliação no prédio da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) - que incluem a construção de um restaurante giratório com vista panorâmica - já se arrasta há anos. O espaço teve um custo final estimado em R$ 26 milhões, valor três vezes acima da previsão feita em 2009.

Fonte: G1-ES