SAÚDE

Governo de São Paulo estuda ampliar vacinação contra gripe em 2017.

David Uip quer aumentar número de doses distribuídas para público alvo.

Em 31/05/2016 Referência JCC

O governo do estado de São Paulo pretende ampliar a vacinação contra o vírus H1N1 no próximo ano com a produção de um maior número de doses.

Neste ano, várias cidades do estado ficaram sem a vacina e os estoques esgotaram antes que o grupo de risco fosse totalmente vacinado. Por esse motivo, o governo comprou 1,4 milhão de vacinas para atingir a meta de imunização do público alvo.

“Sem dúvida, se fosse pelo plano inicial teria faltado vacina. Então, o que nós estudamos é ampliar a vacinação. E é óbvio que nós estamos atentos se outras faixas da população terão necessidades adicionais. No momento, a vacina está disponível para os grupos vulneráveis: pessoas de idade, mulheres grávidas, pacientes crônicos e pacientes imunodependentes”, afirmou o secretário estadual da Saúde, David Uip, na manhã desta terça-feira (31).

De acordo com Uip, o número de doentes crônicos que procuraram os postos de saúde aumentou. A secretaria ainda não divulgou o balanço com o número oficial de doentes crônicos imunizados durante a campanha.

“O grande problema foi o doente crônico, ele não estava identificado. Como criou-se o pânico, esse grupo procurou mais os postos de vacinação e é um grupo não previsível, você não sabe quantos crônicos tem no país. E o problema foi exatamente esse, houve uma procura muito maior desses pacientes que entenderam a importância da vacina, isso é muito bom, mas nós temos que perceber que o ano que vem não será diferente. Vão surgir mais crônicos, as pessoas estão vivendo mais e estão ficando mais doentes pela própria idade e vão precisar mais de vacinas”, alertou o secretário.

“Ficou claro que 54 milhões de doses não foram suficientes, então nós vamos ter que ter um desenho amplificado para os próximos anos”, disse.

A campanha de vacinação contra a gripe terminou nesta terça-feira (31). De acordo com a Secretaria da Saúde, a meta da campanha era vacinar 9,5 milhões de paulistas e foi imunizado 90% do público alvo. O grupo das grávidas teve a menor adesão e atingiu apenas 80% da meta.

As vacinas da rede pública são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B.
Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas quadrivalentes, com cepas para um outro tipo de gripe B, que circula nos Estados Unidos.

Febre Amarela
Outra preocupação da Secretaria estadual da Saúde é com a febre amarela. A febre amarela pode ser transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também transmissor de dengue, zika e chikungunya.

Um operário de 38 anos morreu por causa da febre amarela silvestre na região de São José do Rio Preto (SP). A vítima morava em Bady Bassitt e morreu depois de ficar duas semanas internado no Hospital de Base de Rio Preto.

Segundo a Secretaria de Saúde de Bady Bassitt, o operário começou a passar mal no dia 21 de março e foi internado no dia 26 com suspeita de dengue, já que o sintomas são parecidos. Doze dias depois, ele morreu. O resultado do exame que confirma a doença só saiu no dia 4 de maio.

“A febre amarela mostrou que ela existe. É um caso de febre amarela silvestre, mas, obviamente, não precisa mais de um para tomarmos providências”, afirmou David Uip.

A vacina contra a febre amarela está disponível em toda a rede pública e a imunização dura por um período de dez anos. Para ser imunizado basta ir até a unidade de saúde mais próxima de casa, com documentos pessoais e, se possível, a caderneta de vacinação. Pessoas que não possuem cadastro na Unidade de Saúde devem levar comprovante de residência.

Fonte: g1-SP