ECONOMIA CAPIXABA

Governo vai aumentar conteúdo da bandeira tarifária, diz ministro no ES

Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, visitou o estado nesta terça.

Em 04/02/2015 Referência JCC

O governo federal vai aumentar o valor arrecadado por meio do sistema de bandeiras tarifárias, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, nesta terça-feira (3). O sistema de bandeiras tarifárias entrou em vigor em 1º de janeiro e desde então, já vem gerando nas contas de luz um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O ministro disse ainda que o aumento do conteúdo da bandeira tarifária pode implicar em pagamento por parte do consumidor. "Por isso, nós estamos convidando a todos para fazer uma reflexão sobre o uso da energia. Nós podemos evitar desperdício de energia elétrica. Cerca de 30% do gasto de energia de um prédio é por causa de iluminação. O nosso sistema elétrico é robusto, é firme, e nós estamos resistindo a uma crise hidraulica sem precedentes no país. Nós precisamos entender que não é barato e nós precisamos fazer um uso racional da energia elétrica", disse Braga.

Os novos valores das bandeiras ainda não foram definidos – isso depende de quais custos o governo pretende cobrir com a receita. A expectativa, porém, é que sofram aumento entre 30% e 40%.

Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias funcionam como um alerta aos consumidores, na própria conta de luz, sobre o valor da produção de energia no país. Se elas estiverem na cor verde, a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Amarela, o aumento é de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos no mês.

 

Já as bandeiras vermelhas, que vigoraram ao longo do mês de janeiro e vão continuar em fevereiro, conforme informou nesta sexta (30) a Aneel, indicam que está muito caro gerar energia no país, devido ao uso das termelétricas (usinas movidas a combustíveis como óleo e gás, e que são mais caras). Nessa condição, o consumidor paga R$ 3 para cada 100 kWh de energia usados no mês.

Reajuste das tarifas
Nesta terça-feira (3), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deliberou sobre as primeiras tarifas que estão reajustadas. Segundo Braga, há dois tipos de tarifas no país - uma ordinária que sofre reajuste anual, e a extraordinária que ocorre em casos extremos.

"No dia de hoje pela manhã a Aneel lançou a audiência pública que dá início a essa revisão tarifária. Tudo depende de cada uma das distribuidoras para que o aumento comece a valer para o consumidor", explicou.

Nesta terça, a Aneel autorizou os primeiros reajustes de 2015, para seis das 63 distribuidoras do país. Em alguns casos, o aumento nas tarifas supera os 40%. Cinco distribuidoras são do grupo CPLF e atendem parte do interior paulista. A outra, Energisa Borborema, atua no interior da Paraíba.

Perguntado sobre a declaração feita em janeiro de que os reajustes não chegassem a 40%, o ministro Eduardo Braga afirmou que ao longo do ano o impacto pode ser realmente menor. "Nós acreditamos que ao longo do ano o impacto na conta será efetivamente menor, mas as contas que tinham aniversário no dia de hoje, a Aneel teve que decidir e acabo de conversar com o ministério sobre o tema, e ainda que esse custo financeiro seja abatido", disse.

 

Segundo Braga, o governo continua na busca de reduções da conta de luz para a população e reforçou o pedido de economia na energia elétrica. "É uma questão que continuamos trabalhando, nós queremos fazer com que ao longo do ano esse valor se reverta para o consumidor brasileiro. E sempre pedindo para que nós possamos usar esse recursos de forma inteligente para que tenhamos a capacidade de gerar energia para o país", completou.

Fonte: G1-Espírito Santo