CIDADE

Grafiteiros do ES levam arte e cor para as cidades.

Muros de condomínios, casas, pontes e escolas ganham vida com artistas.

Em 12/09/2016 Referência JCC

Grafiteiros do Espírito Santo estão transformando a paisagem da Grande Vitória. Com criatividade, eles levam cor e arte para muros, casas, escolas e monumentos da região Metrpolitana.

A Ponte da Passagem,em Vitória, foi um dos monumentos que ganhou um novo colorido, e foi pelas mãos do artista AQI Luciano.

O espaço para a arte tem 180 metros quadrados e foram usadas 350 latas de spray, além de latas de tinta acrílica.

O trabalho aconteceu após uma parceria entre a Prefeitura de Vitória e uma empresa privada. AQI Luciano contou que esse é um entre tantos trabalhos que ele têm espalhados pela Grande Vitória.

“Não paro nunca, quando não estou na rua pintando, estou no meu ateliê produzindo telas, ou elaborando projetos”.

Em Cariacica, a parede de uma escola também ganhou cara nova com o grafite. Trata-se da Escola Estadual Maria de Lourdes Poyares Labuto, em Tabajara.

O autor da arte é Diego Chaves, de 30 anos, que mora em Barueri, São Paulo, mas sempre que pode vem ao Espírito Santo só para grafitar.

“Foi a convite de um amigo. Os alunos ficaram empolgados porque depois continuei indo lá ensinar grafite para eles. Foi um trabalho que durou três dias e gastei em torno de 110 latas de spray, que a escola me cedeu. O trabalho foi um presente para eles”, contou.

Condomínio
Em Vitória, um muro que recentemente ganhou uma arte foi a de um condomínio em Jardim da Penha. Aproximadamente 15 grafiteiros participaram do trabalho.

A síndica do prédio, Aída de Jesus Ferreira, de 52 anos, conta que o muro do prédio estava completamente pichado. Durante uma assembleia do condomínio, uma moradora propôs que fosse feita uma arte em grafite  .

“O pessoal achou a ideia estranha, não concordou muito. Tinha gente que não sabia nem como era. Corri atrás de desenhos, dos grafiteiros, e levei para a assembleia de moradores para as pessoas verem”, relatou.

Ela conta que os moradores tiveram que arcar apenas com as tintas, algo em torno de R$ 4 mil. “A pintura ficaria em R$ 15 mil, foi uma economia e tanto, e conseguimos resolver nosso problema. Nosso muro ficou bonito, virou ponto de selfie, a rua ficou alegre. Outras síndicas estão até me ligando para fazer o mesmo nos prédios delas”.

Foram os grafiteiros Felipe Araújo, de 33 anos; Emanuelle Monteiro, de 24 anos; e Nicholas Marcos Duarte do Nascimento, de 22 anos, que se reuniram com amigos para grafitar o muro do condomínio.

“O grafite dá uma nova cor à cidade, que deixa de ser cinza. A arte tem o poder de transportar as pessoas para outros lugares, aliviar o estresse e, para gente que faz, é uma satisfação enorme”, conta Felipe.

Fonte: g1-ES