ECONOMIA NACIONAL

Grandes acordos que Brasil e China assinaram hoje (19) somam US$ 53 bilhões.

Grandes empresas como Petrobras, Vale e Embraer estão envolvidas diretamente.

Em 19/05/2015 Referência JCC

A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, assinaram nesta terça-feira (19) em Brasília 35 acordos no valor de US$ 53 bilhões.

Foram contemplados temas que vão do esporte à carne, passando por energia e infraestrutura. Grandes empresas como Petrobras, Vale e Embraer estão envolvidas diretamente. Resta ver até que ponto os investimentos vão sair do papel; o histórico nesse sentido é dúbio. 

A visita de Keqiang, que incluiu uma comitiva com 150 empresários, acontece quase um ano após a do presidente Xi Jinping. 

A China é nosso principal parceiro comercial, com troca total de US$ 77,9 bilhões em 2014. O Brasil teve superávit de US$ 3,3 bilhões, mas costuma pedir por mais diversificação e valor agregado na pauta, focada em produtos agrícolas e minério de ferro.

Depois de décadas acumulando reservas, os chineses entraram em um plano de internacionalização agressivo. Pela primeira vez, o país deve ser mais fonte do que destino de investimento, além de ter se tornado um tipo de proto-FMI que socorre países em dificuldade. 

Do lado de dentro, o país está mudando de perfil - menos focado em investimento e mais em consumo, uma forma de rebalancear uma economia em franca desaceleração.

João Pedro/Exame