CIDADE

Guarapari tem 40% das reservas de hotel canceladas para o carnaval.

Turistas estão com medo da falta de policiamento nas ruas.

Em 22/02/2017 Referência JCC

Guarapari é uma das cidades mais procuradas do Espírito Santo durante o verão e feriados, mas a insegurança com a paralisação da Polícia Militar no estado mudou esse cenário para o carnaval. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis, 40% das reservas para o feriado foram canceladas na cidade.

No carnaval, é comum a visita de cerca de 400 mil turistas a Guarapari, movimentando também restaurantes, bares e comércio em geral. A expectativa era de que esse número se mantivesse esse ano, pois muitas reservas de hotéis já haviam sido fechadas, mas com a paralisação da Polícia Militar, muitas pessoas desistiram por medo da insegurança nas ruas.

O dono de pousada Fernando da Silva ainda tem esperança de que turistas mais próximos ainda venham para a cidade, e está planejando promoções e pacotes especiais para atrair esses clientes.

"A estratégia é captar turistas mais próximos da região. Podemos negociar, fazer uma redefinição de pacotes para atraí-los", explicou.

O presidente da Associação Hoteleira do estado, Gustavo Guimarães, contou que a cidade já está contando com a presença do Exército e de policiais militares que já estão voltando para as ruas. Com isso, a sensação de segurança já vem aumentando para os próprios moradores e eles acreditam que os turistas vão perceber isso também.

"Toda a hotelaria do Espírito Santo sofreu um baque significativo nessa época, mas como a mídia começou a mostrar que a normalidade está voltando, os telefones começam a tocar, as reservas online recomeçam a ser feitas", disse.

Para Guimarães, outro fator determinante para que mais turistas apareçam na cidade é que Guarapari manteve a programação de carnaval, enquanto mais de 30 cidades do estado cancelaram.

"Estamos apostando nos próprios capixabas que gostam de viajar, que gostam de curtir o carnaval, as marchinhas, e Guarapari está oferecendo isso tudo", falou.

Por César Fernandes, da TV Gazeta