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Guarda-vidas ameaçam pedir demissão em Vila Velha, no ES

Segundo membro da comissão, sete profissionais já foram demitidos.

Em 13/01/2015 Referência JCC

Ainda com serviço paralisado nesta terça-feira (13), os guarda-vidas de Vila Velha, na Grande Vitória, ameaçam pedir demissão em massa. De acordo com o membro da Comissão de Guarda-vidas, Carlos Henrique Mayer, sete profissionais já foram demitidos e outros 20, que participaram doprotesto deste sábado (10), também devem ser dispensados. Em entrevista ao Bom Dia ES, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, falou que o Corpo de Bombeiros vai suprir a necessidade dos guarda-vidas demitidos e falou que, em relação às reivindicações, oito dos dez itens já foram atendidos.

Na manhã desta terça-feira, os salva-vidas se concentram em frente à Câmara Municipal de Vila Velha por, segundo eles, "não haver evolução nas negociações com a prefeitura".

No último sábado, os profissionais que garantem a segurança no litoral do município realizaram uma manifestação pelas ruas do bairro Itaparica e Praia da Costa. Eles protestaram por melhores condições de trabalho e equipamentos essenciais para exercerem a profissão. Uma decisão judicial determinou que profissionais retornem ao trabalho.

De acordo com o presidente do sindicato, Vantuir Sabino, nesta segunda-feira (12), todos os guarda-vidas voltaram ao trabalho, mas quando souberam das demissões, decidiram cruzar os braços novamente. “Se existe uma categoria que está em busca de um benefício coletivo, onde todos se envolvem no manifesto, todo irão se doer um pelo outro. Se você mandar um embora neste período, a prerrogativa é que você bateu em todos. Como são unidos, tomaram a decisão de um defender o outro”, contou.

Reivindicações
O prefeito Rodney Miranda falou que somente dois dos dez itens reivindicados pelos salva-vidas não foram providenciados. Segundo ele, não vai ser possível conceder auxílio alimentação ou equiparar às condições de trabalho às do Corpo de Bombeiros. Já Carlos Henrique Mayer falou que esta é a primeira vez que a alimentação é cortada. Além disso, o valor de auxílio transporte também foi reduzido pelo atual prefeito.

“Eles querem equiparação com o Corpo de Bombeiros Militar, o que é impossível pela legislação e pela condição do município. Eles são de designação temporária, então não podem ter esse tipo de vinculação. O outro item é que eles querem auxilio alimentação, o que também não é possível para designação temporária”, justificou Rodney.

Já Mayer falou que a cadeira é o único material recebido que está em boas condições. “O guarda-sol é ruim e pequeno. Além disso, a gente sempre teve alimentação no local e mais um tíquete de R$ 300. Logo que ele entrou, cortou. Vale transporte também. A prefeitura paga 40%, quando antes era pago integralmente”, pontuou.

Paralisação
De acordo com o prefeito, a paralisação dos profissionais foi declarada ilegal pela Justiça. “É um movimento ilegal, declarado pela Justiça como ilegal, inclusive com cominação de multa e de outras penalidades contra o descumprimento da decisão judicial. Eles foram cientificados e, mesmo assim, uma parte deles insistiu nesse movimento”, destacou.

Já Carlos Henrique Mayer falou que se trata de uma paralisação e não de greve. “A prefeitura está alegando que é ilegal, porque disse que estamos fazendo greve e não estamos ainda. Estamos fazendo uma paralisação por más condições de trabalho, então não precisamos avisar nada previamente”, falou.

Fonte: G1-Espírito Santo