ECONOMIA NACIONAL

Haddad reforça a Temer pedido de liberação de verbas por obras do PAC.

Recursos estão bloqueados nos ministérios das Cidades e do Turismo, disse.

Em 27/10/2016 Referência JCC

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), se encontrou com o presidente da República, Michel Temer, nesta quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, para reforçar o pedido de liberação de R$ 300 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados à capital paulista.

Nesta terça (25), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), também se reuniu com Temer, em Brasília, para cobrar a liberação dos recursos. O tucano cobrava o valor de R$ 400 milhões, mas, segundo Haddad, R$ 100 milhões já foram liberados pela União à cidade durante o ano.

De acordo com Haddad, a verba cobrada por ele foi utilizada em obras como a reforma do autódromo de Interlagos e da Fábrica do Samba, mas está “presa” desde 2013 nos ministérios das Cidades e do Turismo.

“A prefeitura está em uma condição bastante favorável. Vamos concluir o exercício de maneira tranquila. R$180 milhões já estão depositados em uma conta da prefeitura na Caixa. Só precisamos de um documento burocrático para que esse dinheiro seja desbloqueado. Temer ligou para o ministro Bruno Araújo [Cidades] e disse que R$ 60 milhões teriam sido desbloqueados ontem à noite”, afirmou, explicando que os outros R$ 120 milhões datam de 2013.

"É preciso que o Ministério do Turismo liquide e pague o empenho. [...] A União, se respeitasse a ordem cronológica dos empenhos, já resolveria isso. Nos dois casos, não é nenhum pedido de favor. Não se trata do presidente ou do prefeito, mas da União", disse o petista.

Após a reunião na terça, Doria afirmou a jornalistas que pediu a liberação do dinheiro mas, segundo ele, Temer não havia dado garantias de que a verba estaria disponível para a capital paulista. O presidente teria, porém, se comprometido a conversar com os ministros responsáveis.

Em janeiro deste ano, Haddad já tinha ido ao Palácio do Planalto pedir ao então chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o reembolso dos recursos.

Tarifas de ônibus
Nesta quinta, questionado por jornalistas sobre o congelamento do valor das tarifas de ônibus prometido por João Doria para 2017, Haddad afirmou que o orçamento do ano que vem não prevê a iniciativa, mas disse que o prefeito eleito tem “todo o direito de refazê-lo”.

O tema foi um dos pontos mais polêmicos durante a campanha eleitoral de outubro, assim como a proposta de aumentar novamente as velocidades máximas permitidas para veículos nas marginais do Tietê e do Pinheiros.

“Ele tem todo direito de mexer na peça orçamentária, que foi enviada antes da eleição. Se eu fosse prefeito, continuaria com o aumento da tarifa. O Doria ganhou com essa medida do congelamento. Esse debate já aconteceu”, acrescentou o petista.

Fonte: g1-Brasília