Hartung anuncia que não disputará a reeleição no ES em 2018.

O governador Paulo Hartung (PMDB) disse que vai se desincompatibilizar do Governo do Estado em abril de 2018, já mirando as eleições. Ele reafirmou em coletiva no Palácio Anchieta nesta terça-feira (27) que não vai disputar a reeleição para governador e se diz animado com a possibilidade de contribuir no cenário nacional.

O peemedebista já havia declarado o interesse em tentar uma vaga no Senado, mas seu nome também vem sendo ventilado como uma das apostas do PMDB para a presidência da república.

Hartung comentou que está mais animado a continuar na política do que esteve ao fim dos seus dois mandatos como governador, em 2010. Segundo ele, o momento permite a discussão de novos projetos, sobretudo na área econômica, enquanto que naquela época havia "muitos tabus" para se discutir determinados temas.

"Estou empolgado, o Brasil vive um momento diferente, há espaço para se discutir mais os rumos do país na economia, coisa que não havia em 2010. Por isso, optei lá atrás a terminar meu mandato e não disputar nada. Ainda não sei em qual partido vou estar, hoje vejo que a política está desatualizada, as pessoas falam uma coisa nas ruas e os políticos falam outra no Congresso. Mas me anima ver o Parlamento funcionando, aprovando as reformas que o país precisa", contou.

O governador disse ainda que vai continuar presente no debate nacional e voltou a defender o veto ao Projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados. Hartung conta que sua participação tem como foco resolver os problemas de 2017 e despista sobre seus planos para 2018.

"O ano de 2018 ainda está muito longe, precisamos primeiro se afastar dessa crise de 2017. Este será meu foco, recolocar o país no rumo certo, que é a reorganização das contas públicas e a recuperação da competitividade no mercado global", afirmou.

Eleições na Ales
Hartung também comentou sobre as eleições da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Ele elogiou os deputados no empenho para a aprovação do "duro" orçamento que foi enviado a Casa e que não irá interferir na eleição do novo presidente do Legislativo.

"Estou aberto para conversar com os deputados que vierem me procurar. Acho que eles estão conduzindo bem essa articulação, mas isso só deverá ser definido lá para o final de fevereiro", despistou.

Por Rafael Silva, de A Gazeta