SAÚDE

Hematologista esclarece dúvidas sobre as doenças do sangue.

Em 17 de abril é celebrado o Dia Internacional da Hemofilia.

Em 17/04/2017 Referência JCC / Jamile Carvalho

O sangue corre pelos vasos sanguíneos e circula por todo o corpo humano, na missão de levar oxigênio e nutrientes para cada um dos tecidos que compõem o organismo. Entretanto, alguns fatores podem alterar o funcionamento normal do sangue e causar doenças. Nesta segunda-feira, 17 de abril, é celebrado o Dia Internacional da Hemofilia, uma das patologias no sangue. De acordo com último estudo feito pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), o Brasil soma 12 mil pessoas com a doença.

A hemofilia acomete, na maioria dos casos, pessoas do sexo masculino, e afeta a coagulação do sangue. De acordo com a hematologista da Medquimheo, Alessandra Prezoti, ela se manifesta desde a infância com sangramentos em pequenos traumas. “Além disso, também é revelada com sangramentos articulares e musculares. Os pacientes apresentam muitas sequelas articulares, com necessidade de colocar próteses e até mesmo invalidez precoce”, detalha.

No passado, não havia tratamento e os pacientes morriam jovens decorrente dos sangramentos. Atualmente, embora não haja cura para a doença, é possível tratá-la através da profilaxia primária, que consiste na reposição dos fatores de coagulação deficientes em pessoas com hemofilia. “Com as tecnologias, hoje tem-se muito menos sequelas ortopédicas e a expectativa de vida passou a ser igual a de pessoas sem a doença”, acrescenta.

Outras doenças

Sejam hereditárias ou adquiridas, as doenças que afetam o sangue podem estar relacionadas a diferentes componentes sanguíneos, como as plaquetas, os glóbulos brancos ou os glóbulos vermelhos. “A anemia falciforme é uma delas, que provoca deformação das hemácias, deixando-as enrijecidas. Isso dificulta a passagem adequada pelos vasos sanguíneos até levar ao entupimento dos vasos”, explica a hematologista.

Transmitida de pais para filhos, a talassemia é outro tipo de deformação nos glóbulos vermelhos, que se apresentam em uma quantidade abaixo do normal no sangue. O resultado é uma deficiência na produção da hemoglobina, responsável por transportar oxigênio para os tecidos do corpo.