SAÚDE

Hematologista mobiliza a população para doar sangue no mês de férias.

De janeiro ao fim de fevereiro ocorre uma queda brusca nos estoques dos bancos de sangue.

Em 09/01/2017 Referência JCC

Após as festas de fim de ano e as férias de verão que estão apenas começando, os hemocentros de todo o país já registram baixa nos estoques de sangue. E a situação no Espírito Santo não é diferente. No período de janeiro, as doações caem e, ao mesmo tempo, a procura aumenta pelo número de acidentes que ocorrem nessa época.

Segundo a hematologista da Medquimheo, Alessandra Prezoti, já é de praxe essa queda nas doações. “É importante saber que muita gente precisa de uma coisa que não pode ser produzida, nem fabricada. Uma bolsa de sangue doada é fracionada em vários hemocompontentes: plaqueta, hemácia, plasma e crio”, detalha.

Os pacientes que fazem tratamento de quimioterapia e radioterapia, ou fizeram transplante de medula óssea, além daqueles que passaram por cirurgias, necessitam regularmente de transfusões de sangue. Segundo a hematologista, os tipos sanguíneos O positivo e negativo são os mais procurados. “A conscientização precisa ser o ano inteiro, pois doar é um ato muito bonito e que salva vidas”, conta.

Solidariedade

De acordo com o Ministério da Saúde, 1,8% da população brasileira doam sangue e, desses, mais de 50% são espontâneos. Entre 2013 e 2014, houve aumento de 5% na coleta de bolsas de sangue no país, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. Ainda assim, é preocupação da pasta sensibilizar e fidelizar novos doadores.

Podem doar pessoas com peso mínimo de 50 quilos, que tenham entre 18 e 69 anos. Também são aceitos candidatos à doação de sangue com idade entre 16 e 17 anos, havendo o consentimento formal do responsável legal. O candidato não deve estar cansado, não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum.

Para a segurança do receptor do sangue, estão impedidos de doar aqueles que tiveram diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade, pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como aids, hepatite, sífilis e doença de Chagas, usuários de drogas, aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual sem uso de preservativos, e mulheres grávidas ou amamentando.

Por Jamile Carvalho