CIDADANIA

"Hoje, não dá para separar direitos de homens e mulheres".

Movimento ocupa gramado do Congresso Nacional para pedir mais direitos às mulheres.

Em 13/08/2015 Referência JCC

"Sem democracia, é muito ruim para as mulheres". A frase, proferida por um dos carros de som presentes à Marcha das Margaridas, deu o tom do ato ocorrido nesta quarta-feira (12), em Brasília. Agricultoras de todo o País caminharam pela Esplanada dos Ministérios rumo ao Congresso Nacional para pedir mais direitos para as mulheres e em defesa do desenvolvimento sustentável. 

Leonardo Furtado do Carmo veio do Estado do Pará (PA) para prestigiar a Marcha das Margaridas. "É muito importante (que as mulheres tenham mais direitos), porque eu acho que esse é o jeito universal: hoje não dá para separar direitos de homens e mulheres", disse à reportagem do Portal Brasil. "As mulheres têm essa conquista e elas devem lutar cada vez mais para que elas possam manter esse papel importante na sociedade", completou o agricultor, que levou 36 horas para chegar à capital federal.

Encarregada da organização do evento, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) contabilizou 70 mil mulheres na Marcha das Margaridas. Elas deixaram o Estádio Mané Garrincha pela manhã e caminharam por toda a Esplanada dos Ministérios. Depois de contornarem o Congresso Nacional, as agricultoras ocuparam o gramado em frente à sede do Legislativo brasileiro. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estiveram presentes ao evento cerca de 30 mil pessoas.

"O Pronaf Mulher está dando oportunidade e credibilidade para as mulheres", comemorou a agricultora Maria Geruza Rocha, que chegou do Estado de Tocantins (TO) na terça-feira (11). "É de onde elas tiram o sustento da família e têm uma renda a mais", concluiu.

Transferência de renda

Em depoimento exclusivo ao Portal Brasil, Maria das Neves, coordenadora da Juventude da União Brasileira de Mulheres (UBM), elencou programas do governo federal que contribuíram, ao longo da última década, para conceder mais direitos às mulheres do País.

"Nos últimos 12 anos, o Minha Casa Minha Vida, o Prouni, o Pronatec e o Bolsa Família são programas que transferiram renda e mudaram a vida das mulheres brasileiras", lembrou. "Nos últimos meses, nós lançamos a Casa da Mulher Brasileira, uma reivindicação do movimento feminista, do movimento de mulheres, e que, nós não temos dúvida, será um instrumento importante de enfrentamento e de combate à violência contra as mulheres".

Fonte: Portal Brasil, com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.