ECONOMIA NACIONAL

Indústria pede o apoio do Congresso para medidas de incentivo ao setor.

A indústria necessita de medidas e leis que deem fôlego ao setor produtivo, disse Andrade.

Em 10/02/2015 Referência JCC

Um dia depois de se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e com ministros e membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, pediu hoje (10) apoio do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para aprovar propostas que incentivem o setor.

Segundo Andrade, a indústria necessita de medidas e leis que deem fôlego ao setor produtivo, por meio da redução de custos. Citou como exemplo de legislação que precisa ser modificada a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que funciona com “guerra” tarifária entre os estados.

“[O funcionamento do ICMS] é um horror e cria uma insegurança jurídica muito grande. [Estamos discutindo para ver se há] alguma alternativa”, destacou o presidente da CNI. Andrade acrescentou que Renan Calheiros vai marcar uma reunião com representantes do setor produtivo, que também terá a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tratar de uma pauta de interesse da indústria.

Apesar de deixar claro que não está esperando nenhum pacote do governo para incentivar o setor, o presidente da CNI demostrou preocupação com a indústria brasileira. “O que o Brasil precisa hoje na realidade é dar competitividade para a exportação. O mundo inteiro está travando uma guerra enorme com relação à produção industrial. Na Europa, o Banco Central Europeu colocou um volume grande de recursos para reativar a economia de alguns países; os Estados Unidos continuam crescendo, a China, mesmo tendo diminuído, continua crescendo um pouco. E esses países estão procurando mercados para colocar os seus produtos”, afirmou.

Para Robson Andrade, o país precisa ter mais condições de competitividade, com um câmbio mais favorável, visando a aumentar as exportações. O empresário declarou apoio às medidas provisórias que mudam as regras para benefícios trabalhistas como seguro-desemprego e abono-salarial. “O governo está certo. Um país que tem um desemprego de menos de 5% não pode gastar R$ 50 bilhões com seguro-desemprego e abono salarial. Há alguma coisa errada: ou temos desemprego maior, ou há fraude no sistema”, observou.

Fonte: CNI