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Israel ataca Gaza após fim de prazo para evacuação de civis

Israel intensificou seus ataques contra Gaza neste sábado (14), após prazo para saída de civis.

Em 14/10/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: REUTERS/Violeta Santos Moura

O governo do premiê Benjamin Netanyahu havia oferecido uma nova oportunidade aos palestinos e chegou a indicar duas rotas seguras para os residentes evacuarem a região, entre 10h e 16h (hora local), de Beit Hanun, no norte de Gaza, até Khan Yunes, na área central. O prazo terminou às 10h, no horário de Brasília.


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O Exército de Israel intensificou seus ataques contra Gaza neste sábado (14), após encerrar o prazo estabelecido para a saída de civis do norte da região, no oitavo dia de conflito contra o grupo fundamentalista Hamas.   

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Hoje, o governo do premiê Benjamin Netanyahu havia oferecido uma nova oportunidade aos palestinos e chegou a indicar duas rotas seguras para os residentes evacuarem a região, entre 10h e 16h (hora local), de Beit Hanun, no norte de Gaza, até Khan Yunes, na área central. O prazo terminou às 10h, no horário de Brasília.   

“Se você se preocupa com si mesmo e com a sua família, vá para o sul da Faixa de Gaza”, apontou a publicação do porta-voz do exército israelense em árabe, Avichay Adraee. “Tenham a certeza de que os líderes do Hamas cuidaram de si próprios e estão se protegendo”.   

O anúncio foi feito após o exército israelense estender o prazo de 24 horas dado para os civis saírem a região norte da Faixa de Gaza. O ultimato aumentou as especulações de uma possível ofensiva terrestre liderada pelo regime do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.   

Mais cedo, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, já havia criticado o plano de Israel de evacuar mais de um milhão de pessoas da região em um único dia.   

“Representando a posição oficial da União Europeia, o plano de evacuação é absolutamente impossível de implementar”, afirmou Borrell, acrescentando que “deslocar um milhão de pessoas em 24 horas numa situação como a de Gaza só pode ser uma crise humanitária”. “É um cenário a ser evitado”.   

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 423 mil palestinos abandonaram as suas casas em Gaza, mesmo antes da ordem de Israel para a evacuação.   

Em meio à evacuação, o Exército de Israel chegou a acusar o Hamas de obstruir o deslocamento dos palestinos. Ao todo, mais de 1,3 mil edifícios foram completamente destruídos.   

Na noite da última sexta-feira (13), as tropas israelenses conduziram ataques “de grande escala” contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. Segundo um porta-voz militar, “numerosos agentes” da unidade de elite do grupo fundamentalista, “Nukhba”, foram mortos.   

Entre os líderes do Hamas afetados estava também o chefe do sistema aéreo de Gaza, Merad Abu Merad, considerado responsável “por ter dirigido os terroristas durante o massacre do último sábado”.   

Além disso, o Exército de Israel informou ter prendido mais de 230 agentes do Hamas em vários locais da Cisjordânia desde o início da Operação “Espadas de Ferro”.   

Desde o começo das hostilidades, 2.215 pessoas morreram em Gaza e 1.788 ficaram feridos, sendo que apenas ontem foram registradas 256 vítimas, incluindo 20 menores, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde local.   

Na manhã deste sábado, os ataques com foguetes de Gaza ao sul de Israel foram retomados após uma pausa de cerca de 10 horas.   

Somente em Ashkelon, cidade costeira no sul do país, o Hamas lançou mais de 150 foguetes.   

Várias sirenes soaram no centro de Israel, incluindo na área metropolitana de Tel Aviv, que inclui o aeroporto internacional Ben Gurion, relataram os sistemas de detecção. (ANSA - https://istoe.com.br/autor/ansa/). 

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