NEGÓCIOS

Itaú confirma interesse por filial do HSBC no Brasil

Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do país.

Em 21/05/2015 Referência JCC

O diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel, confirmou nesta quarta-feira, 20, que a instituição também está interessada em comprar o HSBC Brasil.

O executivo não deu detalhes sobre valor do ativo e o montante a ser proposto pela instituição financeira.

"Estamos olhando não só essa operação, mas inúmeras no País e lá fora. Ao nosso ver, participamos do processo competitivo, mas pode acontecer que outros bancos sejam mais agressivos", disse, durante uma reunião com analistas e investidores na Apimec-MG.

Ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o executivo afirmou que ainda não formalizou a proposta. "Na verdade, estamos seguindo o processo deles. O timing quem dita são eles."

Anteontem, pela primeira vez desde que começaram as especulações sobre a venda do HSBC no Brasil, um dos candidatos a comprar a subsidiária brasileira assumiu publicamente seu interesse.

O presidente do Santander no País, Jesús Zabalza, disse que estava avaliando fazer uma oferta de aquisição pela filial do banco britânico.

Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do País, de acordo com dados do Banco Central. Mundialmente, o banco está envolvido em uma série de escândalos e tem apresentado fracos resultados financeiros. Só no ano passado, registrou prejuízo de R$ 500 milhões no Brasil.

Segundo fontes de mercado, a filial brasileira, avaliada em cerca de US$ 4 bilhões, estabeleceu como junho o prazo final para envio das propostas e assinatura de um acordo de confidencialidade, que culminaria com a conclusão do negócio em agosto.

Além de Itaú e Santander, outras instituições teriam sondado o HSBC, entre elas Bradesco, BTG Pactual, grupos chineses, o espanhol Inbursa e o canadense Scotia Bank teriam.

Sobre o valor de mercado de cerca de US$ 4 bilhões do HSBC Brasil, Kopel disse que o Itaú Unibanco não iria comentar.

Anteontem, Zabalza afirmou que o valor seria "acessível" para a instituição espanhola.

Fonte: O Estado de S. Paulo.